Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus – 1º de janeiro
Iniciamos o ano civil com a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (Theotókos). Esta comemoração ocorre dentro das festividades de Natal, na oitava de Natal (oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo), para relembrarmos o nascimento de Jesus, o Filho de Deus. De acordo com a tradição católica, é a primeira Festa Mariana da Igreja Ocidental e começou a ser celebrada em Roma no século VI, possivelmente junto com a dedicação do templo, no dia 1º de janeiro, a “Santa Maria Antiga” no Foro Romano, uma das primeiras igrejas marianas de Roma. Desta forma, esta Festa Mariana encontra seu marco litúrgico no Natal e ao mesmo tempo em que todos os católicos começam o ano novo pedindo a proteção da Santíssima Virgem Maria.
Confira os horários das missas, que são de preceito:
Dia 31/12 – Domingo:
Matriz – Missas às 9h30, 17h30 e 19h30.
Capelas – Missas nos horários normais, com exceção da Capela de São Pedro (Jurujuba), onde NÃO haverá missa.
Dia 01/01 – Segunda-feira:
Matriz – Missa às 9h30 e às 19h.
Saiba mais sobre a celebração:
Destaca-se nesta solenidade o foco da liturgia que é a “Mulher”, particularmente a mulher como “Mãe”. E essa mulher e mãe é Maria Santíssima. São Paulo em sua carta aos Gálatas 4:4 diz de Jesus: “… mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a lei“, para indicar que, como um homem de Deus, necessariamente, tinha que ter uma mãe. Deus se fez carne por meio de Maria. É a grande demonstração de um Deus que nos amou e assumiu nossa humanidade, exceto o pecado. Aqui podemos observar que Maria aparece ligada ao mistério central da reconciliação. Esse relacionamento único é trazido com particular importância no momento da chegada de Deus na história humana através da cooperação livre da Mulher, que é a Virgem Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Dessa forma, Maria nos une a Deus e às pessoas, os homens e as mulheres de boa vontade.
Mulher e Mãe de Deus é Maria, a nova Eva, origem e espelho de toda a mulher redimida.
A Virgem Maria é o exemplo da dignidade de todas as mulheres e mães. Ela é o modelo e o caminho a seguir.
Ao celebrar o mistério da Maternidade Divina de Maria, a Igreja Católica a reconhece também como sua Mãe, pois ao longo dos tempos gera novos filhos para Deus.

A Maternidade Divina: dogma solenemente proclamado pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.) e tempos depois, proclamado por outros Concílios universais, o de Calcedônia e os de Constantinopla. Refere-se à Virgem Maria como a verdadeira Mãe de Deus (“Theotokos”) ou seja, Maria é Mãe de Jesus – O Verbo Divino em suas duas naturezas (humana e divina). Nesse contexto, cabe ressaltar que Maria ocupa um lugar único e privilegiado em nossa história. Após o seu “fiat”, na anunciação do anjo Gabriel, recebe de DEUS Pai, pela força do Espírito Santo, Aquele que é o princípio meio e fim de toda a humanidade. No que se refere à economia da salvação, a Virgem Maria, contribui para nos tornarmos filhos de DEUS, conforme a Carta encíclica Redemptoris Mater :
“A MÃE DO REDENTOR tem um lugar bem preciso no plano da salvação, porque, “ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido duma mulher, nascido sob a Lei, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à Lei e para que nós recebêssemos a adoção de filhos. E porque vós sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: “Abbá! Pai!”” (Gál 4, 4-6).”
De acordo com o Concílio Vaticano II :
“Desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades”. (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 66)
Ao proclamarmos Maria com a Mãe de Deus, afirmamos que o Reino de Deus já está no meio de nós, pois o dogma da maternidade divina assevera que o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, entrou na história humana.
A comemoração de Maria, neste primeiro dia do ano, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que Maria Santíssima. Ela que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu Aquele que personificou a união entre os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador.
Com Maria Santíssima, aprendamos a contemplar e bendizer a DEUS com o seu Magnificat. Voltemo-nos para Maria que festejamos hoje. Maria, nosso modelo e nossa Mãe, que mesmo sem compreender, Maria tinha confiança no Senhor.
Maria Santíssima, Mãe de DEUS e dos homens, rogai por nós!
Fonte: Academia Marial