Homenagens aos nossos diáconos permanentes
Continuando as celebrações do mês das vocações, em 10 de agosto a Igreja comemora o Dia do Diácono, na festa de São Lourenço, diácono, mártir e patrono dos diáconos. O que muita gente não sabe é que o serviço pode ser transitório ou permanente. Transitório é um período específico na formação do sacerdote até sua ordenação. Já o diaconato permanente é o único ministério de dupla sacramentalidade – a Ordem e o Matrimônio. A estola atravessada no peito mostra a horizontalidade de suas funções, ou seja, representa o Cristo Servidor. O ministério diaconal existe desde a Igreja primitiva. No livro dos Atos dos Apóstolos 6,1-6 é narrado o momento da imposição de mãos sobre os primeiros sete diáconos. E a Paróquia São Francisco Xavier conta com Alnir Coutinho, Eduardo Clarkson e Sérgio Pinheiro no serviço.
Nascido e criado na paróquia, Alnir é casado, pai de dois filhos e concilia a vida familiar, eclesial e profissional. ”A vida religiosa é de total entrega ao Senhor. Mas Ele nos conduz e caminha conosco conciliando o nosso tempo com a Igreja particular, que é a nossa casa”, explica. E ainda deixa um alerta “o diaconato é um chamado de Deus que precisamos ouvir com atenção e discernimento. Quem souber entender saberá seguir”, completa.
Depois de passar pelas pastorais da Família e Liturgia, Eduardo recebeu um convite inimaginável do padre Pedro Morais — pároco local da época — estudar para ser diácono permanente. “Na hora aceitei sem ainda entender muito, mas depois com as aulas e a orientação vocacional cheguei à conclusão de que esse é mais um instrumento que Deus me deu para buscar a santidade”, recorda o diácono, que também é casado e pai de duas filhas.
Sérgio foi aluno da primeira turma da Escola Dioconal Maria Auxiliadora, do Seminário São José, e está completando 20 anos de diaconato. Já Alnir e Eduardo foram ordenados juntos em 2008. “Na época, eu participava de outra paróquia. Quando recebi o convite foi uma surpresa, mas durante os anos de estudo e todo o aprendizado desses anos de serviço, vi que aceitar a vontade de Deus para minha vida foi a minha melhor escolha”, conta o diácono Sérgio, que também é casado, pai e avô.
Os diáconos permanentes são homens ordenados para o serviço da palavra, da caridade e da liturgia. E podem administrar todos os sacramentos, exceto os sacramentos da reconciliação e unção de enfermos. Servem ao altar, proclamam o Evangelho, convidam e despedem os fiéis nos momentos litúrgicos.
Mas não basta ser temente a Deus e cumpridor dos deveres cristãos para se tornar um diácono permanente. É preciso ter mais de 35 anos, ser casado há pelo menos dez, ser convidado pelo Pároco e aceito pela comunidade. A esposa do aspirante ao diaconato também precisa autorizar por escrito a admissão do marido na Escola Diaconal. Homens solteiros e viúvos também podem ser diáconos, desde que assumam o celibato. Casados que se tornarem viúvos não poderão casar novamente.