Vacinas e Serviço
A notícia divulgada pela Agência Brasil, no último dia 18, é muito importante para a pastoral da Criança e da Promoção da Saúde: mais duas vacinas farão parte do calendário de imunização das crianças.
Atenção agente de pastoral: não deixe de lembrar aos pais, quanto à importância das vacinas para seus filhos.
E, para os agentes de pastorais, postamos no final, um texto do professor Erikson de Carvalho: “O ser e o agir dos agentes de pastorais”, que fala do verdadeiro sentido de ser um agente de pastoral.
Foi postado no mês da vocação, mas, para nós que propomos a nos colocar a serviço, sempre é bom lembrar o sentido maior do Servir.
Boa leitura!
Mais duas vacinas a partir do 2º semestre
Brasília – A partir do segundo semestre, mais duas vacinas farão parte do calendário de imunização das crianças. As novidades são a inclusão da vacina injetável contra a paralisia infantil e a pentavalente, que imunizará contra cinco doenças e substituirá a tetravalente.
A entrada no calendário de imunização da vacina injetável contra paralisia infantil não vai implicar a retirada da dose em gotinhas da lista, já que a dose em agulha não substitui a vacina em gotas. A diferença entre as duas é que a vacina injetável usa o vírus morto e, a segunda, o vírus vivo atenuado (mais fraco).
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a vacina injetável diminui os riscos da criança sofrer eventos adversos após a vacinação, como uma paralisia infantil pós-vacinal. O efeito é raro, mas passível de acontecer. Em 2011, foram detectados dois casos suspeitos de paralisia infantil pós-vacinal no país. A vacina injetável tem maior eficácia nas primeiras doses em comparação à oral.
Segundo o ministro, a vantagem da vacina oral é proteger um grande número de crianças, mesmo quem não foi imunizado. “A vacina oral causa um efeito rebanho. Mesmo as crianças não vacinadas, são protegidas quando vacinamos várias crianças. A oral é eliminada nas fezes da criança e, nos locais onde há pouco saneamento básico, causa um efeito de proteção no ambiente”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. A injetável será aplicada nos bebês com 2 e 4 meses de idade e, a oral, no reforço aos 6 e 15 meses.
Com a vacina antipólio injetável, a campanha contra a paralisia infantil em 2012 muda. Em vez de duas mobilizações nacionais contra a doença, na primeira etapa da campanha, prevista para 16 de junho, as crianças com menos de 5 anos de idade vão tomar a vacina oral, independentemente de terem sido vacinadas antes. Já na segunda fase, em agosto, os pais devem levar os filhos para tomar outras vacinas que estiverem atrasadas. Quem tiver perdido o cartão, pode procurar o posto, mesmo sem o documento, para atualizar as vacinas.
A injetável tem sido adotada em países sem registro de casos de pólio. O Brasil não tem caso da doença há mais de 20 anos. No entanto, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) recomenda que as nações mantenham a vacinação oral até que a pólio seja eliminada em todo o mundo. Em pelo menos 25 países, o vírus continua a circular e a doença é considerada endêmica.
Já com a inclusão da vacina pentavalente, o objetivo é imunizar a criança contra cinco doenças em uma única dose: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B. Os pequenos serão vacinados aos 2, 4 e 6 meses de idade. Atualmente, as crianças tomam a tetravalente, contra quatro doenças, e também a vacina contra a hepatite B.
Será mantido o reforço de difteria, tétano e coqueluche, sendo o primeiro a partir do primeiro ano de vida e o segundo, entre 4 e 6 anos de idade. Os recém-nascidos devem continuar recebendo a primeira dose da vacina contra hepatite B nas primeiras 12 horas de vida para evitar a transmissão vertical da doença, de mãe para filho.
Fonte: Agência Brasil
Segue abaixo o texto do professor Erikson de Carvalho: “O ser e o agir dos agentes de pastorais”,que fala do verdadeiro sentido de ser um agente de pastoral. Foi postado no mês da vocação, mas, para nós que propomos nos colocar a serviço, sempre é bom lembrar o sentido maior do Servir.
O ser e o agir dos agentes de pastorais
Ser agente de pastoral, fazer parte e assumir responsabilidades dentro de um movimento ou comunidade deve ser algo que nos coloque a serviço dos irmãos. Ser agente de pastoral não significa ser donos da Igreja, muito menos da pastoral ou da comunidade que participamos. Quem trabalha na Igreja tem que estar em primeiro lugar com o coração em Deus, com uma vida de oração muito bem fundamentada, porque senão, automaticamente, se deixará levar pelo mero agir.
Deus não quer apenas a nossa ação. Deus quer o nosso agir precedido de um profundo amor pela pessoa de Jesus Cristo. É na intimidade com o Coração de Jesus que a nossa ação, o nosso ministério na Igreja ganha à dimensão de missão. Fazer por fazer, poderíamos contratar profissionais que fariam melhor do que nós. O que nos difere de profissionais para o trabalho pastoral é o amor a Eucaristia, a consciência de que estamos ali para servir o povo e não para se servir do povo. Não podemos reduzir a nossa nobre missão dada por Deus a “meros executivos da fé”.
Precisamos tomar cuidado, todos nós, desde leigos, padres até bispos, para não virarmos executivos da fé, ou seja, pessoas que apenas cumprem obrigação, mas que são incapazes de colocar o coração naquilo que fazem.
Ah!!! O coração??? Como este revela o trabalho pastoral que fazemos com amor e o trabalho que fazemos para ocupar o nosso vazio interior. E o interessante é que o nosso coração revela isso sem termos a consciência de como isso é captado e percebido pelas pessoas da comunidade. Por isso que Jesus é muito enfático em afirmar que primeiro devemos curar o nosso coração, contemplar a face de Deus, termos uma vida de oração para depois começar o nosso trabalho pastoral-evangelizador.
E a diferença do agir dos agentes de pastorais que amam
o Senhor para os “meros executivos da fé” é a forma como evangelizam. Quem trabalha por amor é por natureza um evangelizador. Preocupa-se mais com as pessoas e com a vivência do amor e da misericórdia do que simplesmente com os ritos e mandamentos catequéticos ou litúrgicos. Não que estes não sejam importantes, mas não estão à frente da acolhida, do perdão e da vivência do amor entre os cristãos. Já os que não têm vida de oração se apegam às leis, aos rituais que sozinhos são vazios, como os fariseus na época de Jesus. As atitudes ritualísticas e de indiferenças afastam mais os fiéis do que aproximam.
Para o evangelizador e para os agentes de pastorais, o fato de serem pessoas de Deus é mais importante do que a sua ação em si. O seu ser vai gritar mais alto do que as suas obras, pois as palavras comovem, mas os testemunhos arrastam.
É hora de todos nós refletirmos sobre o nosso modo de ser e de agir como agente de pastoral. E se chegarmos à conclusão de que algo precisa ser transformado, convertido e curado, não tenhamos medo de nos aproximar da misericórdia de Jesus, pois é Nele que encontramos sentido para a nossa missão eclesial.
Feliz mês das vocações para você que foi chamado por Deus para ser presença viva do amor do Coração de Jesus no meio da nossa comunidade. Parabéns pelo seu chamado… Deus te ama e conta com você, mas com um coração renovado!
Prof. Erikson de Carvalho