Auto da Paixão nos Arcos da Lapa
O tradicional Auto da Paixão, realizado há 42 anos na Sexta-feira Santa, nos Arcos da Lapa, terá uma nova produção. A Associação Cultural da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro está produzindo um espetáculo com efetiva linguagem teatral e que, através de um telão, pontuará momentos importantes do espetáculo, que pretende emocionar o público.
A encenação será realizada no dia 6 de abril, às 19 horas, nos Arcos da Lapa. Apresentado numa versão moderna, com efeitos de luzes que trazem mais veracidade ao momento e uma trilha sonora inédita que mistura música clássica com eletrônica para atrair também o público jovem, a peça será interpretada por 33 atores da Companhia de Teatro Julieta de Serpa.
De acordo com o diretor do espetáculo, Márcio Fonseca, mesmo se tratando de uma história conhecida, a finalidade dos atores e da produção é a de que o público vivencie cada momento do Auto.
— Nós queremos que as pessoas se emocionem ao assistir este Auto, disse Márcio.
O espetáculo terá início com o Sermão da Montanha, em que Jesus revela ao povo a essência da doutrina cristã. Passará também pela revelação aos apóstolos da sua divindade e de sua missão como o Messias esperado, e por todo o sacrifício de Jesus, desde a crucificação até a ressurreição.
— No momento da ressurreição, certamente nós queremos uma participação popular de euforia, de alegria e de esperança pelo Cristo Ressuscitado, que dá sentido a toda a nossa fé cristã, de maneira que nesse momento nós teremos uma belíssima queima de fogos, simbolizando a alegria do povo brasileiro, do povo carioca, de estar participando de um momento máximo da cristandade, que é a ressurreição de Cristo, que dá sentido à fé cristã, ressaltou o Presidente da Associação Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Serpa.
O objetivo de todos que estão empenhados para a realização do espetáculo é que o Auto da Paixão não seja só mais um momento de contar uma história, mas sim um verdadeiro ato de evangelização.
* Foto: Arquivo
Fonte: Arquidiocese do RJ