Papa deve visitar bolsões de pobreza e viciados em crack no Rio
Os organizadores da visita do papa Francisco ao Rio, no fim de julho, pretendem incluir em sua agenda compromissos que expressem a preocupação do líder da Igreja Católica com os excluídos.
Durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que o trará ao país, o papa deverá visitar viciados em crack em hospital para dependentes químicos e favela num dos bolsões de pobreza próximos à avenida Brasil, na zona norte. A reportagem é de Fábio Brisolla e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, em 19 de abril.
Na terça, o italiano Alberto Gasbarri, executivo responsável pelas viagens do papa, desembarca no Rio para definir a agenda de Francisco.
Três comunidades da zona norte são avaliadas: Mandela de Pedra, em Manguinhos, a vizinha Jacarezinho, ambas ocupadas pela polícia, e o Morro do Juramento, reduto do tráfico de drogas. Apenas uma deve ser escolhida.
A favela do Vidigal, na zona sul, é cotada por já ter recebido o papa João Paulo II. Outra provável escala é o hospital São Francisco, na zona norte, onde o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, coordena a criação de unidade para atender viciados. A meta é inaugurá-la em junho.
A instituição é comandada pelos frades da Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. Uma frase é repetida entre os defensores da visita: “O hospital de Francisco dirigido pela associação de Francisco merece receber o papa Francisco”.
O roteiro a ser apresentado a Gasbarri inclui a igreja da Penha, a estátua do Cristo Redentor e o Palácio Guanabara, possível local do encontro do papa com a presidente Dilma Rousseff.
O italiano vai reavaliar também lugares vistos em inspeção no fim do ano passado, como a Catedral Metropolitana e a residência da Arquidiocese do Rio no Sumaré, zona norte, onde possivelmente o papa se hospedará.
Está prevista ainda uma viagem de helicóptero para o emissário italiano vistoriar o santuário de Aparecida (SP), que o papa deseja visitar.
Após atentado nos EUA, PF deve mudar esquema
Desde as explosões em Boston, representantes da Polícia Federal discutem mudanças no esquema de segurança para a visita do papa. A principal alteração é o aumento do número de agentes. Outra medida é a inclusão de policiais à paisana e uma especial atenção a pessoas com mochila abrindo caminho na multidão.
Fonte: Folha de S. Paulo/ Dom Total