Os cristãos devem dar aos outros a alegria do encontro com Jesus
Papa Francisco na audiência geral de hoje foi saudado por uma multidão de cerca de 70 mil fieis que ouviram com atenção a sua catequese. Eis um resumo:
No Credo, confessamos que Jesus «de novo há-de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos». O pensamento do Juízo final não nos deve assustar, mas impelir-nos a viver melhor o presente. Com efeito, a história humana começa com a criação do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus e termina com o Juízo final realizado por Cristo. Agora encontramo-nos no tempo intermédio, à espera da sua segunda Vinda: um tempo em que devemos manter acesas as nossas lâmpadas da fé, da esperança e da caridade.
“Hoje gostaria de refletir sobre três textos evangélicos que nos ajudam a entrar neste mistério: o texto das dez virgens, o dos talentos e o do juízo final.”
A primeira parábola apresenta-nos as dez raparigas que esperam a chegada do noivo. Este tarda e elas adormecem. De repente o noivo chega e elas preparam-se para o acolher. No entanto, nem todas estavam preparadas com o óleo para alimentar a lâmpada e assim, procurando-o em acto de desespero não o encontram e perdem-no.
“O noivo é o Senhor e o tempo de espera é o tempo que Ele nos dá, com misericórdia e paciência, antes da sua vinda final, tempo da vigilância; tempo em que devemos ter acesa a lâmpada da fé, da esprança e da caridade, em que devemos ter aberto o coração ao bem, à beleza e à verdade…”
Jesus pede-nos que nos preparemos ao encontro, vendo os sinais da sua presença, para não nos deixarmos adormecer. E o Papa sublinhou que não adormeceremos se formos felizes porque os cristãos têm que ser felizes. “…..”
Na segunda parábola aquela dos talentos o servo preguiçoso e conservador preferiu enterrar as antigas moedas em vez de as multiplicar tal como fizeram os outros dois servos. Esta parábola diz-nos que a espera da vinda do Senhor deve ser um tempo de acção. O Santo Padre neste particular dirigiu-se especialmente aos jovens:
“Nesta praça estão hoje muitos jovens. A vocês que estão no início do caminho da vida peço-vos: Haveis pensado nos talentos que Deus vos deu? Haveis pensado em como podeis metê-los ao serviço dos outros? Não enterreis os talentos! Apostai em grandes ideais, aqueles que alargam o coração, aqueles ideais de serviço que tornarão fecundos os vossos talentos. A vida não nos foi dada para que a conservemos só para nós, mas foi-nos dada para que a possamos dar. Queridos jovens, tendes um grande amigo! Não tenhais medo de sonhar coisas grandes!”
Finalmente o Papa reflectiu sobre a passagem do Evangelho de S. Mateus que descreve a segunda vinda do Senhor Jesus para julgar os vivos e os mortos:
“Isto diz-nos que nós seremos julgados por Deus sobre a caridade, sobre como nós o teremos amado nos nossos irmãos, especialmente os mais débeis e necessitados.”
E terminou com um desejo:
“Possa o Senhor, no fim da nossa vida e da nossa história, reconhecer-nos como servos bons e fiéis! “
O Santo Padre saudou ainda os peregrinos nas diversas línguas. Eis a saudação em português:
Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! Saúdo com afecto os grupos de Portugal e do Brasil, em particular os fiéis das paróquias Divino Pai Eterno de Goiânia e São Pedro de Vila Rica, encorajando-vos a todos a apostar em ideais grandes, ideais de serviço que engrandecem o coração e tornam fecundos os vossos talentos. Confiai em Deus, como a Virgem Maria!
Fonte: Rádio Vaticano