Curso à distância sobre a CF 2014 tem novas turmas

Publicado em 18/02/2014 | Categoria: Notícias |


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                         O Curso à distância sobre a Campanha da Fraternidade 2014 está com inscrições abertas para novas turmas. Este ano, a campanha tem como tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). O curso é uma novidade e conta com a supervisão da equipe executiva da CF da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).  

Os participantes terão acesso às informações das práticas de tráfico humano em suas várias formas, bem como reflexão bíblico-teológica, indicações sobre o enfrentamento e canais de denúncia de situações de tráfico. De acordo com o secretário executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias, o objetivo do curso é “oferecer uma nova modalidade de capacitação sobre os conteúdos da Campanha da Fraternidade e, assim, contribuir com a formação que ocorre nos regionais e em várias dioceses do Brasil”.

 

Módulos

O curso é oferecido em quatro módulos, com total de 40 horas e duração de 40 dias. Abordará especificamente o Texto Base da CF 2014, focado no método: ver, julgar e agir. As unidades do curso são: 1-) O tráfico humano no contexto da globalização, com foco na mobilidade e trabalho, e as formas de enfrentamento ao tráfico humano, 2-) A iluminação no Antigo e Novo Testamento, 3-) Propostas para o enfrentamento do tráfico humano e canais de denúncia e 4-) Histórico e sentido da Campanha da Fraternidade no Brasil. 

Durante o curso, os alunos entenderão as condições de denúncias e aprenderão como agir concretamente nos casos de tráfico humano. “A CNBB tem buscado meios para cumprir a missão de capacitar os agentes que atuam nas pastorais para que estejam cada vez mais preparados”, destaca padre Luiz Dias. 

As inscrições para o curso podem ser feitas pelo site: www.solarconsultoria.com

 

Informações: (61) 3364.2097

 

cf cartaz

 

Por Dom Demétrio Valentini*

O carnaval neste ano chega um pouco mais tarde. De tal modo que a quarta-feira de cinzas vai acontecer só no dia 5 de março.

O aproximar-se da Quaresma, para nós no Brasil, significa a emergência de um tema relevante, trazido pela Campanha da Fraternidade. Ela vem se realizando todos os anos, desde 1964. Desta vez com um assunto difícil, pois aborda questões que circulam mais nos porões da opinião pública do que nas pautas estabelecidas diariamente.

Trata-se do tráfico humano. Este é o tema da Campanha da Fraternidade deste ano de 2014: “Fraternidade e Tráfico Humano”. Ele vem acompanhado de um lema, de inspiração bíblica, que vai logo apontando critérios para a compreensão do assunto, sugerindo também posicionamentos práticos para a ação pastoral. Desta vez o lema é citação de uma das sentenças mais fortes e contundentes do Apóstolo Paulo. De maneira categórica afirma com convicção: “E´ para a liberdade que Cristo nos libertou!”

Pode ser que alguns estejam inclinados a perguntar se existe mesmo o “tráfico humano”. Ou, quando muito, admitem que existam casos isolados, certamente longe da realidade em que vivem.

Mas quando tomamos conhecimento de situações que envolvem pessoas acidentadas, quando em vez do pronto atendimento para salvar os envolvidos, parece haver um indisfarçável desejo de que venham a morrer, para assim sobrar mais órgãos para serem comercializados, sentimos então como este problema de “tráfico humano”, pode existir, sim, e pode assumir diversas modalidades, em circunstâncias também desconhecidas.

Parece o cúmulo da perversão do sistema econômico, em que tudo se reduz a mercadoria, que pode ser vendida ou comprada, entrando nesta categoria também as pessoas, que, dependendo de certas circunstâncias, podem virar mercadorias a serem simplesmente negociadas.

Para enfrentar esta mentalidade perversa é necessário desmascarar esta realidade, e mostrar os interesses escusos que presidem e articulam este tráfico. Para isto, é indispensável dispormos de convicções bem arraigadas, que advogam com lucidez e firmeza a sacralidade de toda pessoa humana, independente de qualquer caracterização. Todos somos portadores de uma dignidade inalienável, que nos acompanha deste o início de nossa trajetória humana.

Lembro que em uma das diversas reuniões continentais, convocadas para escutar a sociedade mundial, tive a oportunidade de insistir na proposta de que todo ser humano, pelo simples fato de existir, deveria gozar de um reconhecimento mundial, admitido por todos.

Este reconhecimento precisaria assumir uma forma jurídica que lhe garantisse minimamente seus direitos. Ela se traduziria em forma de “cidadania universal”, a ser devidamente registrada e documentada.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, feita pelas Nações Unidas, logo no início de sua existência se constituiu em estatuto consistente, que foi conquistando sempre maiores adesões. O estatuto da cidadania universal, pelo qual cada indivíduo seria reconhecido como “cidadão do mundo”, efetivaria na prática os “direitos humanos”, garantindo sua vigência em favor de todos, não só das minorias privilegiadas do mundo.

Assim, a cidadania universal daria eficácia verdadeira aos direitos humanos.

A12, 08-02-2014.

*Dom Demétrio Valentini é bispo de Jales (SP).

Fonte: Dom Total

Oração oficial da CF 2014

Tema: Fraternidade e Tráfico Humano

Lema: Para Liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1)

 

 Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo

e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados. 

Fazei que experimentem a libertação da cruz

e a ressurreição de Jesus. 

Nós vos pedimos pelos que sofrem

o flagelo do tráfico humano. 

Convertei-nos pela força do vosso Espírito,

e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos. 

Comprometidos na superação deste mal,

vivamos como vossos filhos e filhas,

na liberdade e na paz. 

Por Cristo nosso Senhor.

Amém!

 

 

 

 

 

Fonte: CNBB



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