Colocar-se na perspectiva de Cristo para a escolha dos Bispos, acima de preferências, simpatias ou tendências: Francisco à Congregação dos Bispos
“Não existe um Bispo standard para todas as Igrejas. É Cristo que conhece a singularidade do Pastor que cada Igreja requer para que responda ás suas necessidades e a ajude a realizar as suas potencialidades. O desafio que se nos põe é o de entrar na perspectiva de Cristo, tendo em conta a singularidade das Igrejas particulares” – palavras do Papa Francisco, numa extensa e vigorosa intervenção, nesta quinta de manhã, dirigindo-se à Congregação dos Bispos. O Santo Padre teceu considerações sobre “o essencial da missão (desta) Congregação” a que está confiada a escolha dos Bispos. Insistiu que é o horizonte de Deus que determina esta missão.
“Não podemos contentar-nos com medidas baixas – insistiu. Temos que nos elevarmos para além e acima das nossas eventuais preferências, simpatias, pertenças ou tendências, para entrarmos na vastidão do horizonte de Deus”. É Deus, soberano, que escolhe os Pastores da Igreja. Trata-se de tudo fazer para discernir os candidatos que correspondem à vontade de Deus.
Ponto obrigatório de referência é a Igreja Apostólica e os critérios seguidos nos primeiros tempos para a escolha dos sucessores dos Apóstolos – sublinhou o Papa, que evocou diversos tipos e as qualidades fundamentais dos Bispos: testemunhas do Ressuscitado, kerigmáticos, orantes, pastores. “Não padrões da Palavra, mas servos da Palavra – clamou.
“O Concílio Vaticano II afirma que aos Bispos é ‘plenamente confiado o múnus pastoral, ou seja, o assíduo e quotidiano cuidado do rebanho” (LG 27). É preciso determo-nos mais sobre estes dois qualificativos do cuidado do rebanho: assídua e quotidiana” – insistiu o Papa Francisco.
Fonte: Rádio Vaticano