O sacerdote sirva a sua comunidade com amor, senão não serve
O Papa Francisco na audiência geral
Nesta quarta-feira foi com frio que um enorme calor humano recebeu o Papa Francisco para a audiência geral. Dezenas de milhares de peregrinos saudaram e ouviram o Santo Padre. Hoje a catequese foi sobre o Sacramento da Ordem:
A Ordem compreendida nos três graus de episcopado, presbiterado e diaconado, é o Sacramento que habilita ao exercício do ministério, confiado pelo Senhor Jesus aos Apóstolos de apascentar as suas ovelhas, no poder do seu Espírito e segundo o seu coração.”
“O sacerdote deve apascentar com amor, se não o faz com amor não serve.”
O Santo Padre apresentou três aspectos importantes sobre o Sacramento da Ordem:
“Um primeiro aspecto. Aqueles que são ordenados são postos à cabeça da comunidade. À cabeça, para Jesus, significa pôr a própria autoridade ao serviço, como Ele próprio mostrou e ensinou aos discípulos com estas palavras: ‘Vós sabeis que os governantes das nações dominam e os chefes oprimem-nas. Entre vós não será assim; mas quem quiser tornar-se grande entre vós, será vosso servidor e quem quer ser o primeiro entre vós será escravo. Como o Filho do Homem que não veio para ser servido mas para servir e dar a própria vida por resgate de muitos.”
A Ordem – disse o Papa – torna capaz de apascentar o rebanho de Jesus, com a força do seu Espírito e segundo o seu coração. Na verdade, o ministro ordenado é posto à cabeça da comunidade, mas devemos entender este ato de presidir como serviço: «Quem no meio de vós quiser ser o primeiro – ensinou Jesus – seja vosso servo».
“Uma outra característica que deriva sempre da questão sacramental com Cristo é o amor apaixonado pela Igreja.”
Em virtude da Ordem – continuou o Santo Padre – o ministro dedica-se inteiramente à própria comunidade e ama-a com todo o seu coração: é ela a sua família, que deve amar com amor apaixonado. Isto, porém, sem ceder à tentação de a considerar como sua propriedade.
“Um último aspecto, o apóstolo Paulo recomenda ao seu discípulo Timóteo que não se canse de reavivar o dom que está nele, recebido pela imposição das mãos.”
O Papa Francisco reforçou a ideia de que o ministro ordenado precisa de contínua conversão e assídua entrega à misericórdia de Deus; e esta entrega é a sua força e também um válido exemplo que pode oferecer aos irmãos da sua comunidade.
No final da catequese o Papa Francisco pediu ao Senhor que nunca faltem nas nossas comunidades pastores autênticos e exortou os jovens a discernirem no seu coração o chamamento de Deus para uma vida de serviço total aos outros como sacerdotes.
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Queridos amigos de língua portuguesa, que hoje tomais parte neste Encontro com o Sucessor de Pedro: Obrigado pela vossa presença e sobretudo pelas vossas orações! A todos saúdo, especialmente ao grupo de Brasília, encorajando-vos a apostar em ideais grandes de serviço, que engrandecem o coração e tornam fecundos os vossos talentos. Sobre vós e vossas famílias desça a Bênção do Senhor!”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção! (RS)
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Paixao de Jesus: escola para quem se dedica aos irmãos doentes e sofredores: Papa ao Conselho Pontifício da pastoral da saúde
No encontro tido ontem, 25, com os participantes na Assembleia Plenária do Conselho Pontifício para a Pastoral no campo da Saúde, o Papa Francisco recordou a figura do Beato João Paulo II, que escrevia há 30 anos, na Carta Apostólica que criava este organismo da Cúria Romana: “Fazer bem com o sofrimento e fazer bem a quem sofre”. Palavras que ele própria viveu e testemunhou de modo exemplar.
“Até no sofrimento – recordou o Santo Padre – ninguém está nunca só, porque Deus no seu misericordioso pelo homem e pelo mundo abraça mesmo as situações mais desumanas, em que a imagem do Criador presente em cada pessoa aparece ofuscada ou desfigurada”. “Como aconteceu a Jesus na sua Paixão”.
É precisamente na Paixão de Jesus que se encontra a grande escola para quem quer que deseje dedicar-se ao serviço dos irmãos doentes e sofredores” – recordou o Papa, que exortou a nunca esquecer “no exercício da atividade de cada dia, a carne de Cristo, presente nos pobres, nos que sofrem, nas crianças (mesmo não desejadas), nas pessoas com deficiências físicas ou psíquicas, e nos idosos”.
Fonte: Rádio Vaticano