No Vaticano, CRB lança campanha contra o tráfico de pessoas
Evento contou com a presença do cardeal João Braz de Aviz e Kenneth Francis Hackett, embaixador dos Estados Unidos na Santa Sé.
Representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CRB) estiveram no Vaticano, nesta terça-feira (20) para apresentar a campanha Jogue a favor da vida – denuncie o tráfico de pessoas, coordenada pela rede Um Grito pela Vida, em parceria com a Talitha Kum, rede internacional da vida consagrada contra o tráfico de pessoas. A campanha pretende sensibilizar a sociedade civil sobre o tráfico humano e exploração sexual, que infelizmente deve se expandir durante a Copa do Mundo.
Dom João Braz de Aviz, cardeal prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica esteve presente no evento. Com ele estiveram juntos o irmão Paulo Petry (fsc), presidente da CRB, e a irmã Gabriella Bottani, integrante do Um Grito pela Vida.
A mesa de debates foi composta por Kenneth Francis Hackett, embaixador dos Estados Unidos junto à Santa Sé, e pelas irmãs Estrella Castalone e Carmen Sammut, coordenadora presidente da Rede Talitha Kum e da União Internacional das Superioras Gerais (UISG), respectivamente.
Segundo a Organização das Nações Unidas, 32 bilhões de dólares são movimentados por ano com o tréfico de pessoas – uma das atividades globais ilícitas mais lucrativas atualmente. Em todo o mundo, 4,5 milhões de pessoas são vítimas de tráfico para exploração sexual, de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho.
O Brasil tem as portas abertas para o crime. O país traz uma formação cultural ainda bastante focada no valor das relações pessoais como objeto de prazer e consumo, sobretudo às voltadas à mulher.
Ancorado à imagem de nação hospitaleira e alegre, o país é origem, trânsito e destino para o tráfico interno e externo de milhares de crianças, adolescentes e jovens, na faixa etária de 10 a 29 anos.
Para coibir este crime, a campanha já está desenvolvendo várias atividades em parceria com diversas organizações. São elas:
– Sensibilização e informação, priorizando grupos em situação de vulnerabilidade, lideranças comunitárias e agentes de pastoral
– Organização de grupos de reflexão e estudo para aprofundar as questões de tráfico humano e exploração sexual
– Capacitação de multiplicadores
– Participação e mobilização social
O cidadão que presenciar ou suspeitar de alguma movimentação ligada ao tráfico de pessoas e exploração sexual, pode ligar para o disque denúncia da campanha: 100 ou 180.
Fonte: Zenit