Secretaria de Estado de Saúde transfere o Dia D da Campanha de Vacinação para a próxima semana
Menos da metade das crianças tomaram as vacinas contra sarampo e poliomielite no estado do Rio. Por conta do feriadão, data mudou do dia 22 para o dia 29 de novembro, com os postos de saúde funcionando sábado.
A vacinação contra a poliomielite e o sarampo continua em todos os municípios do estado do Rio de Janeiro até o dia 28 de novembro. Mas a Secretaria de Estado de Saúde (SES) mudou o Dia D da Campanha do dia 22 para o próximo sábado, 29 de novembro. A mudança ocorreu por conta do feriado do Dia da Consciência Negra, decretado em todos os municípios fluminenses, de acordo com lei estadual de 2002. Mais de 1.500 postos de saúde serão mobilizados em todos os municípios do estado, ficando abertos no dia 29, das 8h às 17h.
Até o momento, a Campanha de Vacinação imunizou 48% do público para pólio, e 34% para sarampo em todo o estado do Rio de Janeiro. A taxa ainda está distante da meta, que é de imunizar 95% das crianças que fazem parte do público-alvo da campanha contra as duas doenças. A cobertura vacinal em todo país também está baixa, não chegando a 50% da meta estipulada pelo Ministério da Saúde.
O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, lembra a importância de uma maior cobertura da vacina para proteger a população do Rio de Janeiro contra as duas doenças.
– A poliomielite já está erradicada no Brasil, mas isso não torna menos importante a imunização. Em alguns países que não tiveram o mesmo cuidado já foram registrados novos casos de paralisia infantil depois de décadas. O mesmo acontece com o sarampo, que voltou a ser notificado em algumas regiões do país. É importante manter a vigilância e as crianças imunizadas. A vacinação continua sendo a melhor forma de prevenção – explica Chieppe.
Vacinação em dia – A vacinação oral (gotinhas) contra a poliomielite tem como público-alvo crianças de 6 meses a menores de 5 anos, ou seja, 4 anos, 11 meses e 29 dias. Os pequenos, acima de seis meses, que estão com a caderneta de vacinação atrasada terão que tomar a vacina inativa injetável primeiro. Já tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) é injetável e direcionada, durante a campanha, a crianças de 1 a menores de 5 anos.
A vacina contra poliomielite não tem contraindicações. No entanto, as crianças com problemas imunológicos e submetidas a transplante de medula óssea devem ser orientadas para a vacinação nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie). O último caso de paralisia infantil foi em 1987, no bairro de Santa Cruz, na capital. Já o último caso de sarampo no estado ocorreu em 2000 e o índice de cobertura vacinal contra a doença é de 95%.
Poliomielite – É uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a a infecção acontece, principalmente, por via oral.
Sarampo – É uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, principalmente em crianças desnutridas. A única forma de prevenção é a vacina.
Fonte:
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado de Saúde