Nova presidência da CNBB toma posse em Cerimônia de Encerramento da 57ª Assembleia Geral

Publicado em 10/05/2019 | Categoria: Notícias |


 

A nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi empossada na manhã desta sexta-feira, 10 de maio, durante a cerimônia de encerramento da 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em Aparecida desde o dia 1º de maio. O até então presidente da entidade, o arcebispo de Brasília, cardeal Sergio da Rocha, no início da celebração fez uma extensa lista de agradecimentos a todos que colaboraram com o trabalho da presidência que se despede. Ele pediu orações pela CNBB neste novo quadriênio. “Se há uma certeza, é a de que somente podemos servir com a Graça de Deus”, disse.

Ao novo presidente eleito, o arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, ele desejou que possa cumprir sua missão promovendo sempre mais a comunhão entre o episcopado brasileiro, entre a Igreja do Brasil e com o Santo Padre.

Na Cerimônia de Encerramento, o núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D’aniello, leu a correspondência enviada pelo papa Francisco em resposta à carta que os bispos do Brasil enviaram a ele durante o evento. Na correspondência, o papa, agradecendo a manifestação de comunhão da conferência brasileira, fez votos de que os compromissos assumidos durante a assembleia ajudem os bispos a ser mais fieis à sua missão evangelizadora.

Simbolicamente, o cardeal Sergio da Rocha entregou ao novo presidente eleito, dom Walmor, o texto das Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023, aprovado na 57ª Assembleia Geral, e trocaram de lugar na mesa. Dom Walmor sentou na cadeira onde estava sentado o presidente, assumindo o cargo. O arcebispo primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, até então vice-presidente da CNBB, entregou a nova Bíblia com tradução oficial da CNBB ao vice-presidente eleito, o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler. E o até então secretário-geral, bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Leonardo Steiner, entregou ao novo secretário-geral, o bispo-auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Joel Portela o Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil.

 

Dom Walmor em seu primeiro discurso como empossado. Crédito: Daniel Flores/CNBB

 

Em seu primeiro discurso como empossado, no mesmo dia em que comemora 21 anos de sua ordenação episcopal, dom Walmor Oliveira saudou a dom Giovanni D’Aniello, assumindo o compromisso de buscar a comunhão com o Santo Padre e de ser uma Igreja em saída, missionária e hospitaleira.

O novo presidente da CNBB disse que não há nada melhor a oferecer à sociedade que o Evangelho de Jesus. Ele saudou e agradeceu a presidência que fez a transmissão do cargo, aos bispos, a quem enalteceu a riqueza do exercício da fraternidade nos dias da assembleia. Ele falou da beleza da vida de cada Igreja particular e das experiências dos bispos do Brasil.

 

Após a cerimônia de posse, nova presidência concede entrevista coletiva à imprensa. Crédito: Daniel Flores/CNBB

Segundo ele, a nova presidência assume consciente das dificuldades imensas e das complexidades quase indescritíveis mas com a certeza de que é o Evangelho que ajuda a não só dar novas respostas para dentro da Igreja mas também à sociedade. “Assumimos o compromisso de ser uma presença solidária. O que de fato vale é a fé desdobrada em amor”, disse.

Para no novo presidente, o coração da CNBB não é a sede em Brasília, mas a colegialidade efetiva entre seu episcopado. “O nosso plano mais importante é sermos discípulos de Cristo. Nosso programa é nos tornar discípulos e fazer discípulos o tempo todo, aprendendo no diálogo. Só faz discípulo quem também é discípulo”, disse.Segundo ele, a nova presidência assume consciente das dificuldades imensas e das complexidades quase indescritíveis mas com a certeza de que é o Evangelho que ajuda a não só dar novas respostas para dentro da Igreja mas também à sociedade. “Assumimos o compromisso de ser uma presença solidária. O que de fato vale é a fé desdobrada em amor”, disse.

Dom Walmor ressaltou que todo o trabalho a ser feito, nas diversas frentes, tenha como fonte Jesus Cristo que é, segundo ele, o fundamento da colegialidade na Igreja no Brasil. “É hora de uma resposta nova porque o Senhor da vida nos envia e nos conduz. O Evangelho de Jesus Cristo é o ouro de nossa vida e de nosso trabalho missionário”, disse.

Os 12 presidentes eleitos para as Comissões Episcopais Pastorais da CNBB também compuseram a mesa e foram empossados simbolicamente. Após a cerimônia de encerramento e posse, a nova presidência concedeu entrevista aos jornalista em Coletiva de Imprensa.

 

 

 

Presidente eleito da CNBB celebra missa de encerramento da 57ª AG

 

Dirigindo-se ao povo de Deus, saudando o Papa Francisco e manifestando seu apoio ao trabalho do Sumo Pontífice na tarefa de ser uma Igreja misericordiosa, hospitaleira e em saída, no enfrentamento dos muitos e complexos desafios e na preparação para o Sínodo para a Amazônia, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente eleito da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, que presidiu a Santa Missa de enceramento da 57ª Assembleia Geral da Conferência, nesta sexta-feira (10), no Santuário Nacional em Aparecida (SP), deu início à sua homilia.

“Queremos que chegue ao coração do Santo Padre o quanto nós, bispos do Brasil, a nossa Conferência e todo amado povo de Deus que tanto o ama da nossa profunda comunhão neste caminho missionário”, disse.

Dom Walmor também saudou e pediu ao povo uma salva de palmas aos bispos que estiveram à frente da Presidência da CNBB no último quadriênio, na pessoa do arcebispo de Brasília (DF), cardeal Sergio da Rocha, o arcebispo de Salvador (BA), dom Murilo Krieger, e o bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Leonardo Steiner, aos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e a todos os colaboradores da Conferência.

E continuou: “quero saudar de modo muito especial aos irmãos que compõem agora a Presidência nessa nossa tarefa missionária, mas também muito amorosa de continuarmos esse caminho bonito, na importância grande, incontestável de credibilidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com todos aqueles que presidirão as Comissões, neste caminho bonito nosso quando enfrentamos, é verdade, enormes desafios. Talvez até enchendo um pouco e medo ou de não clareza no caminho, mas como uma oportunidade de ouro de darmos uma resposta nova porque nós temos uma reserva que não é nossa, é do coração Deus na força de sua Palavra e na fortaleza da sua graça para ajudar o mundo a abrir-se ao amor de Deus e para ajudar a nossa sociedade brasileira pelo diálogo para encontrar um novo caminho”, destacou.

Ao refletir sobre as leituras de hoje, o arcebispo, trouxe a trajetória missionária do apóstolo Paulo narrada na leitura do livro do Atos dos Apóstolos, que destaca as três grandes viagens missionárias, os desafios enfrentados, as perseguições e que foram vencidos e superados em nome de Deus.

Se quisermos dar ao nosso humano a força que ele precisa, se quisermos ter a força para estarmos de pé para não nos faltar a sabedoria, não nos deixar pender em polarização alguma. É preciso cultivar essa profunda intimidade com Ele [Jesus]. Esse é o nosso caminho, não há outro. Esse é o serviço que queremos prestar para que todos os outros serviços que prestarmos se desbordem na verdade do amor, na promoção da justiça e na alegria de sermos irmãos e irmãs uns dos outros. Essa é a lógica que somos chamados a aprender, a lógica que o apóstolo Paulo aprendeu e, por isso, se tornou essa grande referência”, ressaltou.

Antes de encerrar sua homilia, Dom Walmor rogou a Deus que o trabalho na CNBB seja o ponto de encontro da colegialidade que é o voltar em primeiro a Ele, Cristo e cultivar a partir Dele a alegria do respeito fraterno, do respeito das diferenças fazendo delas uma grande riqueza.

E finalizou declamando um poema de Cecilia Meireles.

“’Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo’”.

Fonte: CNBB


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