Assembleia Paroquial 2019: Como podemos evangelizar melhor?
Com o tema “Somos pedras vivas da Casa Espiritual.” (1Pedro 2,5), membros de pastorais, movimentos e Capelas estiveram reunidos no dia 09, sábado, no Salão Paroquial da Matriz de São Francisco Xavier, para avaliar as realizações dos anos anteriores, desde 2016 quando ocorreu a última assembleia, e também para programar os próximos três.
Antes da Assembleia ter início, Maria Alice apresentou dinâmicas acompanhadas de cantos, no intuito de acolher e integrar os presentes.
O Pároco presidiu a oração inicial
Padre Magno abriu a Assembleia lembrando que a data foi bem oportuna, já que no dia 09 de novembro, a Igreja celebra a festa da dedicação da Basílica de Latrão em Roma, a mãe de todas as igrejas, o centro de unidade, representando a Igreja, que é o próprio rosto de Nosso Senhor Jesus Cristo, o seu Corpo Místico, juntamente conosco, membros da Igreja. Pediu que a Luz do Espírito Santo orientasse a Assembleia na caminhada paroquial pelos próximos três anos, sob a intercessão de São Francisco Xavier, a fim de que sejamos de fato uma igreja viva, presente, de saída, trabalhando na unidade.
Ao final da parte introdutória, o padre convocou todos a ficarem de pé e cantar a oração inicial de invocação ao Espírito Santo, acompanhados por Maria Alice ao teclado. Em seguida, conduziu a Oração Inicial, com a participação de todos:
Deus que quisestes agregar à Vossa Igreja os povos da Índia pela pregação e pelos milagres de São Francisco, concedei-nos propício que de quem veneramos os méritos gloriosos, imitemos também os exemplos das virtudes. Por Cristo Nosso Senhor. Amém. São Francisco Xavier. Rogai por nós!
Logo após, orientou que a Assembleia teria como proposta avaliar o que já havia sido realizado e programar as atividades para os anos seguintes, pensando no que se poderia fazer, realizar, com os pés no chão, dentro da realidade.
Foi passada a palavra a Raphael, para que fizesse a apresentação das próximas intervenções.
O primeiro convocado a falar foi o Padre Neuzivam, que deu destaque à necessidade de unidade e sinolidade, isto é, união. Enfatizou que nós, como Igreja, formamos o Corpo de Cristo, na unidade e na fraternidade. Enfocou a importância de analisarmos como temos andado como Assembleia Viva e como instrumento do Deus de Salvação para as almas que precisam do amor de Deus.
Alguns destaques da fala do Padre Neuzivan
– O primeiro corpo a manter vivo é aqui, a Paróquia, pois não somos uma parte do corpo, somos o corpo todo.
– De forma mais universal, somos Igreja Católica, mas na especificidade somos Paróquia, que não pode se dividir demais, pois a divisão torna o corpo fraco.
– Para tanto, cada grupo tem que agregar valores das outras pastorais, pois é melhor fazer todo mundo junto, para que o serviço não fique pesado para ninguém.
– Alertou que ninguém é insubstituível, nem os Padres, nem os coordenadores, portanto, todos devem participar de Pastorais, Movimentos ou Comunidade sem se sobrecarregar ou participar de muitas delas, pois isto prejudicaria o seu desempenho efetivo.
Então, abordou o tema: UNIDADE E ECLESIOLOGIA, lançando a seguinte pergunta: “O que podemos fazer para ser de fato Eclese de Cristo?”, já respondendo que as Pastorais, os Movimentos e as Comunidades não podem caminhar isoladamente, mas integrando o todo: a Paróquia, pois afinal “estamos todos na mesma barca”. Assinalou que o objetivo da reunião visava dois momentos: o de avaliação e o de planejamento para evangelizar melhor.
Na sequência, Raphael retornou com a proposta de uma tarefa de análise das atividades desenvolvidas. Foram distribuídos dois papeizinhos para cada um, onde deveria ser escrito, separadamente, os itens positivos e negativos, para serem colocados em duas cestas específicas e distintas.
Foi feita uma projeção de fotos dos eventos da Paróquia em geral, nos último três anos, como sugestão e lembrete para auxiliar na escolha dos itens a serem criticados positiva e negativamente, possibilitando uma posterior análise.
Qual a nossa missão?
O diácono Alnir, segundo a se apresentar, discorreu sobre a “Participação do Leigo na Igreja”.
Falou sobre a nossa participação como leigos e leigas nas Pastorais e Movimentos da Igreja, sobre nosso agir enquanto Paróquia, apontando que muitas vezes não vivemos em unidade dentro das nossas Pastorais por falta de um comprometimento em participar mais do corpo, das coisas da Igreja.
Explicou que Deus não precisa de nós, precisa de nossa doação como leigo dentro da Igreja, pois os consagrados já têm uma função pré-estabelecida. Alertou que quando nos engajamos numa Pastoral, temos que ver qual o verdadeiro sentido de servir à Igreja, pois o nosso objetivo dentro das Pastorais é servir, ponderando que “infelizmente muitas vezes nós servimos a nós mesmos”.
Ressaltou que por estarmos em família, em Assembleia, poderiam ser ditas essas verdades que às vezes acontecem dentro das Pastorais, tais como: as discussões entre os membros da mesma Pastoral por questão de poder. Alertou que isso não deve ocorrer porque o leigo deve ter um comprometimento com o outro, olhar a necessidade do outro, colaborar com as demais Pastorais.
Criticou que não existe um envolvimento paroquial mais continuado com as famílias que buscam a igreja, pois, por exemplo, uma criança faz a Primeira Comunhão e a família não volta mais à Igreja.
Padre Magno abriu um parêntese na fala para indicar que o território paroquial possui uma população de 183.000 habitantes e que somente 3.500 frequentam às missas dominicais.
Alnir lançou algumas advertências
Porque somos uma Igreja em construção é preciso que cada um de nós escreva o seu capítulo no Ato dos Apóstolos.
– Cada agente pastoral deve estar atento às necessidades dos demais e não somente criticar as falhas, mas supri-las de forma efetiva, colaborando em conjunto para o sucesso do todo.
– Temos que ter um só corpo e uma só alma por força do Batismo.
– Devemos nos despojar de nossas necessidades e nos envolvermos mais pelas coisas de Deus.
– As Pastorais existem para ser instrumento de Jesus no meio do mundo, sem vaidade, mas com comprometimento.
– Nossa reflexão nessa Assembleia deve ser: qual está sendo a minha atitude como leigo dentro da Igreja; como está sendo minha atitude de leigo dentro da Pastoral.
Planejar nossa missão
Para explicar como seria o próximo passo, a dinâmica em grupo, foi apresentado o Objetivo Geral do Documento da CNBB nº 109.
“EVANGELIZAR no Brasil
cada vez mais urbano,
pelo anúncio da Palavra de Deus,
formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo,
em comunidades eclesiais missionárias,
à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres,
cuidando da Casa Comum e
testemunhando o Reino de Deus
rumo à plenitude eterna.”
EVANGELIZAR NA CIDADE É UMA URGÊNCIA
Foram projetadas imagens de Igrejas da Europa que foram transformadas em estabelecimentos comerciais, como livraria, teatro e até casa noturna.
Foi proposta uma retomada de atitude para indicar qual deve ser NOSSO MODELO DE COMUNIDADE, com citação ao “Atos dos Apóstolos”.
“Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações (…) e, passando adiante, evangelizavam todas as cidades.”
Raphael explicou que a nossa Comunidade deve ser uma Casa sustentada por 4 (quatro) pilares: Pão, Palavra, Partilha e Missão.
Casa do Pão – Espiritualidade e Liturgia
Casa da Palavra – Formação e Iniciação à Vida Cristã
Casa da Caridade – Solidariedade e Justiça
Casa da Missão – Anúncio e Testemunho
Após o intervalo para o lanche, Pe Neuzivan solicitou a atenção de todos para conduzir a atividade anteriormente anunciada para a formação em grupos para debater e propor metas para os próximos três anos.
Iniciou em clima de oração, organizando os grupos, destacando que este seria o momento mais importante. Alertou que Deus já havia contado com nossas fragilidades até então e que Ele queria continuar contando. Convidou todos a ficarem de pé e pediu, pela intercessão de São Francisco Xavier e de São Luis Orione, que Deus nos desse sabedoria para irmos para os grupos, colocando-O em nosso coração e nossa mente. Advertiu que nos dispuséssemos, com toda humildade possível e todo o respeito, a ouvir às idéias dos outros com a inteligência da fé, sabendo que ninguém estaria errado. Então deu início à oração de preparação para as deliberações.
Os grupos ficaram divididos com os seguintes temas: Grupo I – Espiritualidade e Liturgia; Grupo II – Formação Bíblica e Doutrinal; Grupo III – Caridade e Justiça; Grupo IV – Missão e Anúncio.
De volta ao Salão, o líder de cada grupo fez a leitura de suas propostas de ação para a missão evangelizadora específica aos respectivos temas.
Avaliação final pelo diácono Eduardo
Disse ter sido ótimo estar presente naquele momento, na companhia de todos, dizendo entender que a Assembleia seria de grande valia para os próximos três anos e para os seguintes. Falou da importância desse momento em família, para propiciar e direcionar o foco para que o trabalho individual não se perdesse entre tantos outros.
Lembrou que no início já havia sido dito que a Igreja é composta por leigos e leigas e afirmou que essa forma de ser igreja, de pertença à igreja, dever ser baseado no trabalho de todos fundamentado na união, porque assim o esforço individual diminui.
Destacou a importância de que, aplicando as diretrizes propostas, a caminhada seria melhor avaliada , pois com isto se saberia se a meta estaria sendo cumprida, alcançada, diante do que ficou estabelecido em Assembleia.
Recordou que a Pastoral de Conjunto é um movimento que vem sendo incorporado e que deve se tornar realidade no seguimento das diretrizes que todos ajudaram a preparar, a fim de que o que foi planejado se realize.
Padre Magno e Rafael informaram as ações para o futuro próximo:
– Apresentação do cartaz com a programação para a Festa do Padroeiro;
– Convite para a Peregrinação ao Santuário ao Santuário de Nossa Senhora de Schoenstatt;
– Festa de Natal da Creche D. Orione;
– Feira de Trocas e Doação no dia 15 de dezembro;
– Campanha Solidária de Natal com doação de cestas natalinas às famílias assistidas nas comunidades;
– Anúncio da data para a Confraternização de Natal da Paróquia, no dia 11 de dezembro;
– Notícia da disponibilidade do Aplicativo da Paróquia.
Para encerrar, Padre Magno fez uma oração e abençoou a todos.