10 santas amizades que vale a pena imitar
Um amigo fiel “não tem preço, e o seu valor é incalculável, é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão”, diz a Bíblia no capítulo 6 do livro de Eclesiástico.
Esses santos descobriram esse tesouro e testemunharam ao mundo que é possível ter uma amizade bonita, fecunda e centrada no Senhor. A seguir, apresentamos 10 belas amizades de santos na história da Igreja.
1. São Francisco e Santa Clara de Assis
A amizade desses dois santos italianos é uma das mais conhecidas na Igreja Católica. Quando Clara tinha 18 anos, Francisco foi à igreja de São Giorgio de Assis para pregar durante a Quaresma. Clara, depois de ouvir esta pregação, sentiu dentro de si uma chama que iluminou seu coração e logo a fez implorar a São Francisco para ajudá-la a viver também “segundo o modo do Santo Evangelho”.
Francisco, que depois reconheceu em Clara uma das almas escolhidas destinadas por Deus para grandes coisas, prometeu ajudá-la e tornou-se seu guia espiritual.
Em 1212, Clara fugiu de sua casa e se dirigiu para a Porciúncula (Itália), onde entrou para fazer parte da Ordem dos Irmãos Menores. Clara prometeu obedecer a São Francisco em tudo. Algum tempo depois, ela e suas seguidoras se mudaram para o convento de São Damião.
Logo depois, ela fundou a Ordem das clarissas e cuidava dos doentes que Francisco lhe enviava. Em 1225, atendeu o seu amigo, que sofria devido aos estigmas e cuja saúde havia piorado.
Francisco, antes de morrer em 1226, enviou uma mensagem de encorajamento a Santa Clara para que não desanimasse com a sua partida.
2. São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá
A amizade entre o Papa polonês e a fundadora albanesa das Missionárias da Caridade é uma das que mais comove os fiéis na atualidade. São João Paulo II costumava chamá-la de “Minha mãe”.
O Papa peregrino desenvolveu a sua vocação religiosa em meio à guerra e ao comunismo, enquanto ela descobriu o seu chamado a servir os mais necessitados em Calcutá, uma das cidades mais pobres da Índia.
Santa Teresa de Calcutá o visitou várias vezes no Vaticano e em 1986 o Pontífice viajou à Índia, onde conheceu o asilo “Nirmal Hriday” (Sagrado Coração) que ela fundou. A religiosa expressou que este era “o dia mais feliz” da sua vida.
3. São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac
O principal motor da vida destes santos franceses foi a caridade. Aos 36 anos, São Vicente de Paulo sentiu o chamado a servir os pobres.
Decidiu fundar a Congregação da Missão (Vicentinos) para evangelizar os mais necessitados e trabalhar na formação do clero.
Alguns anos depois, conheceu uma corajosa e determinada viúva chamada Luísa de Marillac. O santo decidiu dar-lhe uma formação espiritual e juntos fundaram em 1633 a Companhia das Filhas da Caridade.
4. Santa Teresa do Menino Jesus e Santa Elisabete da Trindade
Santa Teresa de Lisieux e Santa Elisabete da Trindade foram duas religiosas carmelitas francesas cuja amizade se baseava em sua profunda vida espiritual.
Elas se conheceram no Carmelo de Dijon, localizado no leste da França. Elisabete, conhecida como a “irmã espiritual” de Santa Teresa, escreveu diversos livros sobre a Santíssima Trindade.
Ambas desejavam fervorosamente chegar ao céu e estar junto com o seu amado Jesus. Elas morreram antes de completar 30 anos de idade. Santa Teresa de Lisieux faleceu em 1897 e a sua amiga morreu nove anos depois.
5. Santa Rosa e São Martinho de Lima
Estes são os dois santos mais importantes do Peru e se tornaram conhecidos pelo seu testemunho de humildade e serviço aos mais necessitados. Segundo a tradição, ambos foram batizados na igreja de São Sebastião, com dois anos de diferença, e receberam o sacramento da Crisma das mãos de Santo Toríbio de Mogrovejo, o segundo Arcebispo de Lima.
Ambos cresceram em amizade enquanto atendiam os doentes e escravos da cidade. Além disso, pertenciam à ordem dos dominicanos. Santa Rosa de Lima era terciária, enquanto São Martinho era religioso.
6. Santo Inácio de Loyola e São Francisco Xavier
Estes dois santos espanhóis se conheceram na Universidade de La Sorbona em Paris, França. Santo Inácio de Loyola tinha aproximadamente 33 anos quando seu discípulo São Pedro Fabro o apresentou a São Francisco Xavier.
A princípio, Francisco considerou Inácio antipático, porque sempre repetia a frase de Cristo: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”. Pouco a pouco, o jovem deixou de lado a sua vaidade e fez os exercícios espirituais criados pelo fundador da Companhia de Jesus (Jesuítas).
Em 1540, o Papa Paulo III aprovou a criação da Ordem e Santo Inácio foi escolhido como seu primeiro Superior Geral, enquanto São Francisco Xavier partiu como missionário para Índia e Japão.
7. Santa Teresa d’Ávila e São João da Cruz
Teresa era uma jovem sonhadora e determinada quando fez seus votos no Carmelo, em 1536, aos 21 anos de idade. No Carmelo, percebeu que as carmelitas na Espanha e em outros lugares tinham diminuído e se converteram em um centro social para todos os que desejavam uma vida fácil e relaxada.
Quando começou a encontrar os novos conventos carmelitas, conheceu um jovem frade chamado João e depois de entrevistá-lo, convidou-o a fazer parte da reforma do Carmelo a fim de revitalizar o carisma original de pobreza e da oração.
Esses amigos também escreveram lindos poemas que são baseados em suas provações e alegrias espirituais. O mais conhecido de Santa Teresa d’Ávila é “Nada te turbe” e de São João Cruz é “A noite escura da Alma”.
8. São João Bosco e São Domingos Sávio
Após ser ordenado sacerdote em 1841, São João Bosco criou um oratório onde reuniu centenas de jovens para formá-los. Naquela época, um sacerdote o apresentou a um menino chamado Domingos. O santo ficou impressionado com a vida espiritual e a alegria do menino. Por isso, decidiu acolhê-lo e tornou-se seu diretor espiritual.
Em uma noite, Dom Bosco o encontrou tremendo de frio na cama e coberto apenas com um lençol. Quando chamou a atenção de São Domingos Sávio, o menino brincou dizendo: “Nosso Senhor não pegou nenhuma pneumonia no estábulo em Belém”.
Domingos morreu em 1857. Dois anos depois, Dom Bosco fundou a Ordem dos Salesianos junto com um grupo de jovens.
9. São Cornélio e São Cipriano
O Papa São Cornélio e o Bispo de Cartago, São Cipriano, testemunharam sua fé durante a perseguição que sofreram por parte do Império Romano.
Este Pontífice enfrentou o sacerdote Novaciano, que proclamou a heresia de que a Igreja Católica não tinha o poder para perdoar os pecados. O santo o enfrentou e foi apoiado neste debate pelo seu amigo São Cipriano.
São Cornélio foi enviado ao exílio e morreu decapitado em 253. Por sua parte, São Cipriano foi martirizado da mesma maneira cinco anos depois.
10. Santas Felicidade e Perpétua
Perpétua era uma jovem mãe de 22 anos, de família rica e Felicidade era a sua escrava. Elas foram presas por serem cristãs.
Na prisão, Felicidade deu à luz a uma menina e os cristãos ajudaram para que Perpétua pudesse permanecer com seu bebê durante os seus últimos dias de vida.
Receberam a comunhão antes de serem jogadas a uma vaca selvagem e morrer decapitadas em 203. Os cristãos criaram a filha da Felicidade, enquanto as tias e a avó de Perpétua foram responsáveis pela educação do seu filho.