“A comunhão do santos vai além da vida terrena, vai além da morte e dura para sempre.”

Publicado em 01/11/2013 | Categoria: Notícias |


todos-os-santosReflexão do Papa Francisco sobre a “Comunhão dos Santos”.

Em sua catequese semanal, sobre uma das realidades mais bonitas da nossa fé: a “comunhão dos Santos”. O Catecismo da Igreja Católica nos recorda que, com esta expressão, se entendem duas realidades: a comunhão com as coisas santas e a comunhão entre as pessoas santas.

Hoje, o Bispo de Roma deteve-se, de modo particular, sobre a segunda realidade. Trata-se de uma verdade entre as mais consoladoras da nossa fé, porque nos recorda que não estamos sozinhos, mas que há uma comunhão de vida entre todos aqueles que pertencem a Cristo. Esta é uma comunhão que nasce da fé.

Mas, quem são os santos? O termo “santo” refere-se aos que acreditam no Senhor Jesus e são incorporados a Ele, na Igreja, mediante o Batismo.

O evangelho de João, explicou o Papa, atesta que, antes da Paixão, Jesus rezou ao Pai pela comunhão entre os discípulos, da seguinte maneira: “Para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste”. E acrescentou:

“A Igreja, na sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, comunhão de amor com Cristo e com o Pai no Espírito Santo, que se prolonga em uma comunhão fraterna. Esta relação entre Jesus e o Pai é a ‘matriz’ do elo de união entre os cristãos: se estivermos intimamente inseridos nesta ‘matriz’, nesta fornalha ardente de amor, que é a Trindade”.

Somente assim, disse o Santo Padre, podemos tornar-nos um só coração e uma só alma entre nós, porque o amor de Deus consome os nossos egoísmos, os nossos preconceitos, as nossas divisões interiores e exteriores.

Logo, se existe este enraizamento na fonte do amor, que é Deus, então se verifica um movimento recíproco dos irmãos a Deus: a experiência da comunhão fraterna nos conduz à comunhão com Deus. Eis o segundo aspecto da comunhão dos santos que o Papa quis evidenciar, sobretudo nos momentos difíceis.

Com efeito, quanto é belo ajudar-nos uns aos outros na aventura maravilhosa da fé! No entanto, nos momentos difíceis, precisamos confiar na ajuda de Deus, por meio da oração filial e da humildade em abrir-se aos outros. Na comunhão dos santos, somos uma grande família, onde todos os componentes de ajudam e se sustentam uns aos outros. Aqui, o Pontífice passou a outro aspecto:

“A comunhão do santos vai além da vida terrena, vai além da morte e dura para sempre. A comunhão espiritual, que nasce do Batismo, não é interrompida pela morte, mas, graças à Ressurreição de Cristo, encontra a sua plenitude na vida eterna”.

Há uma união profunda e indissolúvel entre os vivos e os mortos. Esta ligação entre o céu e a terra se realiza especialmente na oração de intercessão, uma das mais altas formas de solidariedade; é também a base da celebração de Todos os Santos e dos fiéis Defuntos, que se realiza nos próximos dias.

O Santo Padre concluiu sua catequese semanal exortando os fiéis a redescobrirem a beleza da fé na Comunhão dos Santos! Trata-se de uma realidade que envolve os peregrinos na terra, na qual, com a graça de Deus, viveremos para sempre.

 

Fonte: Rádio Vaticano



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