Notícias da 51ª Assembleia geral da CNBB
“Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”
Quando chegamos ao oitavo dia de trabalhos da 51ª Assembleia geral da CNBB começam a se delinear os últimos temas em discussão. Nesta quarta-feira a Santa missa que dá inicio aos trabalhos foi presidida no Altar Central da Basílica de Aparecida pelo Bispo de São Mateus, ES, Dom Zanoni Demettino Castro, concelebrada pelos bispos negros.
O Tema Central, “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia” volta ao debate em plenário. Sobre as discussões do tema central que voltará na Assembleia do próximo ano nós conversamos com o Bispo de União da Vitória, que participou da redação do texto do documento, Dom João Bosco….
A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Canção Nova, promoverá o 3º Simpósio Nacional da Família. O evento será realizado dia 25 de maio, na Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). No dia 26 de maio, a Comissão também organizará a 5ª Peregrinação Nacional da Família, no Santuário Nacional, em Aparecida (SP).
Este ano, o 3º Simpósio Nacional da Família e a 5ª Peregrinação Nacional da Família, em sintonia com o Ano da Fé e com a Jornada Mundial da Juventude, terão por tema a “Transmissão da Fé na Família: tarefa dos pais”. O objetivo será oferecer aos pais a oportunidade de reavivar a missão de educar os filhos na fé, especialmente pela presença e pelo testemunho. O 3º Simpósio será televisionado pela TV Canção Nova.
Outra informação da Assessoria de Imprensa da CNBB destaca que de 25 a 28 de abril, acontece em Manaus (AM) o 3º Seminário de Catequese Indígena promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.
O tema a ser abordado neste Seminário será “A Catequese protagonismo indígena e inculturação”. De acordo com o Arcebispo de Pelotas (RS) e Presidente da Comissão, Dom Jacinto Bergmann, o seminário reunirá índios de todas as partes do Brasil e pessoas ligadas ao trabalho de animação bíblico-catequética. “Os nossos povos indígenas precisam e querem realmente a proposta de Jesus Cristo e Seu evangelho. E a catequese é justamente a educação da fé para que os nossos irmãos índios também possam acolher Jesus Cristo, caminho, verdade e vida”.
Vários bispos ligados aos povos indígenas estarão presentes no 3º Seminário, além de índios catequistas que estão preocupados em levar Jesus Cristo a Boa Nova. “Será um seminário que promete muito e peço oração de todos que nos acompanham para que possamos realmente trabalhar com muito carinho na educação de nossos irmãos índios”, destacou dom Jacinto.
Nesta quarta-feira o tema da Jornada Mundial da Juventude volta ao plenário da Assembleia. Sobre a Jornada nós conversamos com o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.
Durante entrevista coletiva na tarde de ontem terça-feira, 16, a presidência da CNBB apresentou a sua mensagem sobre a seca que atinge a região do semiárido do Brasil.
A nota demonstra a solidariedade dos bispos do Brasil pelo sofrimento e a luta pela superação deste fenômeno, secular e cíclico, que ameaça a vida e o desenvolvimento integral da população.
O texto foi aprovado durante a 51ª Assembleia Geral. (Silvonei José)
Fonte: Rádio Vaticano
Bispos lembram a luta e causa dos afrodescendentes
O compromisso com a promoção e a dignidade dos afrodescendentes foram colocados sob o Altar na Santa Missa desta quarta-feira, 17 de abril, durante a 51ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional.
A Celebração Eucarística foi presidida pelo bispo de São Mateus (ES), dom Zanoni Demettino de Castro.
No início da missa, o bispo da Diocese de Guarapuava (PR), dom Antônio Wagner da Silva leu uma mensagem fazendo memória aos 125 anos da Leia Áurea, do fim de uma luta e inicio de outra em busca dos direitos da negritude.
De acordo com dom Antônio Wagner, atualmente existe mais de 30 bispos afrodescendentes entre o episcopado brasileiro.
Em sua homilia, dom Zanoni Demettino destacou as batalhas do povo negro na história, o sofrimento durante o período da escravidão e as suas lutas atuais.
“No primeiro momento do dia, nos reunidos no Santuário da mãe negra, Nossa Senhora Aparecida, oferecendo no altar do Pai as alegrias e dores do povo negro. Somos descendentes daquele povo que foi arrancado de suas terras, um povo que constitui as nossas raízes e ao Senhor confiamos o seu cuidado”, afirmou.
Dom Zanoni ainda ressaltou que embora vivamos em um tempo novo ainda precisamos lutar pela causa dos afrodescendentes e pela Pastoral Afro-Brasileira.
O bispo de São Mateus destacou as palavras de Jesus no Evangelho de hoje em que diz ‘Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei’.
“Jesus é o pão da vida, aquele que desceu do céu para fazer a vontade do Pai. Que não se percam nenhum daqueles que lhe foram confiados”.
Dom Zanoni afirmou também que em sua diocese, São Mateus no Espírito Santo, existem 32 comunidades quilombolas.
O bispo lembrou entre tantas lutas, a Batalha do Cricaré, um dos mais sangrentos massacres promovido pelos portugueses contra índios Tapuias. Aconteceu no Rio São Mateus, também conhecido como Cricaré, atualmente município de São Mateus, onde é bispo diocesano.
“Esse infeliz episódio é narrado pelo beato José de Anchieta, que fundou a cidade de São Mateus”, destacou.
“Agradeço a Deus, colocando no seu Altar a vida tantos irmãos e irmãs afrodescendentes que testemunharam em sua vida a fé que receberam. As consequências dos 300 anos de escravidão ainda não foram reparados. Ainda nos nosso dias convivemos com a discriminação no trabalho, na escola, nas relações cotidianas”, acrescentou.
“Peçamos a Deus, com a intercessão da soberana Mãe de Deus, a Senhora Aparecida, pelo compromisso com o povo negro”, concluiu.
Fonte: CNBB