Campanha da Fraternidade 2015

Publicado em 14/02/2015 | Categoria: Notícias |


“Povo de Deus inserido na sociedade,  na promoção do bem e de toda comunidade humana”

Em 2015, a Igreja Católica celebra o 50º aniversário de encerramento do Concílio  Vaticano II, realizado de outubro de 1962 a outubro de 1965. Tratou-se do evento mais  marcante da Igreja no século 20. No Brasil, diversos eventos vêm sendo realizados para comemorar esse  cinquentenário. Para 2015, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está  promovendo uma reflexão mais ampla, em nível popular, sobre o Concílio, através da  Campanha da Fraternidade (CF). cartazCF15

Com o tema – “fraternidade: Igreja e sociedade” –, e  o lema – “eu vim para servir” –, a Campanha aborda a relação Igreja-sociedade à luz  da fé cristã e das diretrizes do Concílio Vaticano II.

A CF parte de dois pressupostos fundamentais para a vida cristã e centrais no  Concílio: a auto-compreensão da própria Igreja; as implicações da fé cristã para o  convívio social e para a presença da Igreja no mundo. Em outubro de 1963, na  abertura da segunda sessão do Concílio, o papa Paulo VI expressou isso nas duas  perguntas feitas no seu discurso aos participantes: Igreja, que dizes de ti mesma?

 Igreja, dize qual é tua missão? Os 16 documentos conciliares respondem a essa dupla  interpelação.  A auto-compreensão da Igreja aparece, sobretudo, no documento conciliar Lumen  gentium (A luz dos povos): ela entende ser formada por todos os que aderem a Cristo  pela fé no Evangelho e pelo batismo; assim, mais que uma instituição juridicamente  estruturada, que não deixa de ser, ela é um imenso “povo de Deus”, presente entre os  povos e nações de todo o mundo, não se sobrepondo a eles, mas inserindo-se neles,  como o sal na comida, ou como o fermento na massa do pão. Portanto, a identificação  pura e simples da Igreja com os membros da hierarquia é insuficiente e inadequada;  ela é a comunidade de todos os batizados, feitos discípulos de Jesus Cristo e  testemunhas do seu Evangelho.

 O documento conciliar que melhor expressa esta postura é a Constituição Pastoral  Gaudium et spes (A alegria e a esperança…), aprovado e promulgado por Paulo VI em  1965, às vésperas do encerramento do Concílio. Este texto denso inicia com as  palavras paradigmáticas: “a alegria e a esperança, as tristezas e as angústias dos  homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as  alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”.  Nele aparece a visão cristã sobre o mundo e o homem, sua dignidade, sua existência  e sua vocação; reflete-se sobre a comunidade humana e as relações sociais, o sentido  do trabalho e da cultura e sobre a participação da Igreja, enquanto “povo de Deus”  inserido na sociedade, na promoção do bem de toda a comunidade humana.

Os cristãos e suas organizações tomam parte da história dos povos e da grande  família humana. E a Igreja, “povo de Deus”, fiel à missão recebida de Jesus Cristo,  quer estar a serviço da comunidade humana, não zelando apenas pelos seus projetos  internos e seu próprio bem. O papa Francisco vem recordando isso constantemente  nos seus pronunciamentos: que ela precisa ser “uma Igreja em saída”, uma  “comunidade samaritana”, ou como “um hospital de campo”, para socorrer e assistir os  feridos… Mas também quando diz que a Igreja não pode se omitir, nem abster de dar  sua contribuição para a reta ordem ética, social, econômica e política da sociedade.  A CF vai retomar essas intuições fecundas do Concílio e propô-las novamente à  reflexão no contexto brasileiro, durante o ano de 2015, especialmente no período da Quaresma, em que se prepara a celebração da Páscoa cristã. O lema – “eu vim para  servir” retoma as palavras de Jesus: “eu não vim para ser servido, mas para servir e  para entregar a minha vida pela salvação de todos” (Mc 10,45). A promoção do  verdadeiro espírito fraterno no convívio social é, sem dúvida, um importante serviço à  sociedade.

 Que a pequena porção do povo de Deus presente na Paróquia São Francisco Xavier  assuma sua missão, neste tempo de conversão, de servir e mudar com atitudes de  bem a nossa sociedade.

Deus nos Abençoe!

Padre Geraldo Dias

Padre Bruno Rodrigues

Padre José Arlindo Sales

 



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