Desafios para viver o carisma de São Luis Orione.
Texto lido na Missa de encerramento da peregrinação da relíquia de São Luis Orione, na última quinta-feira, na Igreja Matriz de São Francisco Xavier, dia 8 de maio, às 19 horas.
Dom Orione nasceu em 1872, no norte da Itália, numa pequena cidade chamada Pontecurone. Aos treze anos ouviu o chamado de Deus e entrou para o seminário franciscano, e posteriormente para o seminário diocesano de Tortona. Participou da Sociedade de São Marciano e das Conferências Vicentinas; abriu um oratório; e em seguida fundou uma escola para rapazes de famílias carentes. E olha que ele fez tudo isso quando ainda era seminarista!
Em 1895, foi ordenado sacerdote, e recebeu com lema sacerdotal ‘Renovar tudo em Cristo’. Orione então levou ao pé da letra o seu lema, e nunca perdeu o vigor de quem é chamado pra renovar tudo e todos através do amor de Cristo. Era conhecido como um ‘louco de Cristo’. Quem o conheceu, diz que Orione tinha um ânimo, um vigor, uma inquietude que contagiava qualquer um. Parecia um doidinho. Mas não, era o amor de Cristo que transbordava na alma do Orione.
Como sacerdote, fundou diversas fundações para crianças e jovens pobres, e começou a formar um grupo de padres e religiosos que o ajudavam. Com isso, nasceu a Família Religiosa chamada Pequena Obra da Divina Providência. Através da sua congregação, Dom Orione trabalhou incansavelmente para levar os jovens, os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade.
São Luis Orione também não se omitiu nos grandes problemas da sua época: lutou pela liberdade e justiça, teve uma atuação heróica no socorro às vítimas de terremotos e foi uma das grandes vozes pela evangelização das massas operárias. Depois da Primeira Guerra Mundial, multiplicaram-se escolas, colégios, obras caritativas e sociais.
O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de Missionários ao Brasil em 1914. Sim, fomos o primeiro país a receber missionários de Dom Orione! Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças e enviado por médicos a um retiro; foi para lá protestando: «não é entre as palmeiras que eu quero viver e morrer, mas no meio dos pobres que são Jesus Cristo». E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: «Jesus! Jesus! estou indo».
O corpo foi sepultado e vinte e cinco anos depois, ao ser retirado do túmulo, estava intacto, e está exposto até hoje. No dia 16 de maio de 2004, o Papa São João Paulo II declarou São Luis Orione um santo da Igreja Católica.
Dom Orione teve uma vida que transbordou o amor de Cristo. Ele dizia ‘Escreverei minha vida com lágrimas e com o sangue”.
Fica, no entanto, o questionamento:
Estamos sendo continuadores da obra de São Luis Orione?
Nossa paróquia está vivendo ardentemente o carisma orionita, marcado pela caridade e fraternidade?
Dom Orione esteve no Brasil, e passou por muitos problemas aqui. Quando foi embora do nosso país, disse ‘’O que não fiz pelo Brasil em vida, farei depois de morto’. Temos que ter a confiança de que ele está lá em cima, rezando por nós junto a Pai.
Mas e nós? Estamos fazendo a nossa parte?
O texto abaixo foi lido por todos os paroquianos presentes na missa:
Esta peregrinação da relíquia possui 3 grandes objetivos:
Vamos então reforçar nosso carisma orionita! Vamos viver como filhos e filhas do mesmo sangue, reforçando nossos laços de comunhão e trabalhando para superar qualquer divisão, intriga e rancor. Vamos reavivar o ardor apostólico, pois estamos precisando de sangue novo, e temos que promover a fortalecer nossas pastorais! Vamos dar o sangue, evangelizando cada vez mais e promovendo obras de caridade. Que Deus nos dê forças nesta grande missão! Amém!