Dia do Meio Ambiente

Publicado em 05/06/2012 | Categoria: Notícias |


 

 

Na nossa Paróquia está sendo feito um serviço muito bonito pela Pastoral do Meio Ambiente.

 

Não deixe de visitar a página: http://bit.ly/LmpKzt.

 

 

 

 

Como surgiu o Dia do Meio Ambiente

 

 

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituido pela ONU em 1972, durante a realização da 1ª Conferência Mundial de Meio Ambiente realizada em Estocolmo, na Suécia. Esta conferência, realizada entre os dias 5 e 16 de junho foi a primeira mundial a tratar a relação do Homem com o Meio Ambiente. Contou com a participação de 113 países e mais de 400 instituições governamentais e não-governamentais.

Já se previam problemas futuros nesta relação. A Conferência de Estocolmo, como é mais conhecia, é um marco ambiental e pretendia discutir como atender as necessidades mundiais sem comprometer as gerações futuras. Foi um primeiro alerta de que as fontes naturais do planeta não são inesgotáveis e o desenvolvimento humano sem limites causa prejuízos desastrosos e irreversíveis à Terra.

A importância da data está relacionada às consequências do crescimento desenfreado, poluição do ar, água e solo, redução da biodiversidade, das florestas e da fauna mundial.

Por meio do decreto nº 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente.

Unipli realiza evento em comemoração ao Dia do Meio Ambiente

 

Alunos do curso de Gestão Ambiental organizam mostra de vídeos

e projetos de educação ambiental

Com a finalidade de comemorar o Dia do Meio Ambiente, os estudantes do curso de Gestão Ambiental do Centro Universitário Plínio Leite (Unipli), mantido pela Anhanguera Educacional, realizarão no dia 5 de junho uma mostra de vídeos e trabalhos na área de educação ambiental com ênfase na redução do desperdício, reuso, reaproveitamento e reciclagem de materiais.

O Dia do Meio Ambiente está relacionado a algumas importantes discussões sobre o tema, que vão desde a poluição do ar, do solo e da água; destruição da camada de ozônio; desmatamento; destruição das espécies vegetais e florestas; extinção de animais e plantas; entre outros. “Os alunos do curso farão uma exposição de pesquisas em negócios sustentáveis, em que além de pesquisarem todo o conteúdo, também produzirão os vídeos com o tema da sustentabilidade, que serão exibidos no dia”, explica a professora Sheila Franklin, coordenadora do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do Unipli.

O evento será aberto à comunidade, das 8h às 11h, e das 19h às 21h30; e servirá para esclarecer ao público interessado sobre o tema. “Com conhecimentos multidisciplinares, os profissionais da área de Gestão Ambiental devem estar aptos a analisar problemas ambientais e a desenvolverem projetos para a recuperação de espaços degradados. Por esse motivo é fundamental que ao longo do período em que se encontrem na universidade, os alunos tenham contato com essas atividades complementares que enriquecem o aprendizado”, conclui a coordenadora do curso.

Fonte: Assessoria da UNIPLI

 

 

 

 

“O verdadeiro cristão é aquele que se esforça com todas suas forças para tornar o mundo, e de fato a terra, mais habitável.”

 

 

 

Terra

Morreram com sete anos e um dia de diferença: Dorothy Stang, missionária norte-americana na região amazônica, que adotou o Brasil como sua própria terra, foi assassinada por seis disparos em 12 de fevereiro de 2005; Dom Ladislao Biernaski, Bispo de San José dos Pinhais e presidente da Comissão Pastoral da Terra ou CPT, organização da Igreja brasileira, morreu de câncer em 13 de fevereiro de 2012.

Dorothy Stang, conhecida localmente como Irmã Dorothy, tornou-se famosa depois de seu trágico final. Vivia em Anapu (uma cidade do Pará), onde promovia um projeto de desenvolvimento sustentável que fomentava a produção familiar cuidando do meio ambiente. Foi assassinada porque seu projeto entorpecia os interesses de proprietários de terras locais. Embora tanto os assassinos como os instigadores do assassinato tenham sido condenados, a irmã Dorothy não estaria contente hoje: O Código Florestal, em caminho de ser aprovado em Brasília, e as controvérsias ao redor da barragem de Belo Monte (terceiro maior complexo hidrelétrico do mundo) abrirá ainda mais as feridas na Amazônia e de seus habitantes indígenas, sem mencionar os danos causados por monocultivos de plantação de agronegócios.

Ladislau Biernaski era uma pessoa apaixonada pela terra, como Jelson Oliveira, membro da CPT escreveu na página web da Comissão: “Com as mãos cheias de calos e as unhas escuras desfrutava orgulhoso mostrando aos visitantes o jardim que ele pessoalmente se encarregara de cuidar, ao lado da singela casa onde vivia. Esta paixão pela terra, herdada de sua família de imigrantes polacos, levou-o a transformar a ‘terra’ numa causa evangélica e política. Com esta motivação, passou anos visitando os acampamentos e assentamentos da comunidade. Com frequência deixava de lado a mitra e outros símbolos episcopais para unir-se solidariamente ao povo, comemorando este compromisso profético pela justiça. Dom Ladislau tinha aprendido a compreender e a explicar a missão pastoral da Igreja aos pobres. Inspirado por essa clareza, participou de inúmeras manifestações dos pobres no Paraná, tanto no campo como na cidade”.

Estas duas testemunhas nos recordam duas coisas. A primeira é que a terra não é uma simples mercadoria ou um ativo financeiro —em contraste com o que os abutres que “açambarcam a propriedade das terras” fazem-nos crer: as multinacionais e os estados que numa década açambarcaram uma superfície que cobre oito vezes o Reino Unido—.

A terra, pelo contrário, é um valor de proteção especial, uma condição essencial para a afirmação da dignidade humana, e também é o “primeiro elemento” da cultura de uma comunidade e sua identidade. Inclusive quando a economia global atual é em grande parte subcontratada, a agricultura se transformou em objeto da lógica da bolsa de valores, e nossa vida cotidiana é cada vez mais mediada pela tecnologia. No entanto, a terra continua sendo especificamente o fator que constitui a base da universalidade dos direitos, já que nos chamamos seres humanos, e nascemos numa só terra (humus).

A segunda mensagem de Irmã Dorothy e Dom Ladislau é principalmente para aqueles que ainda repetem o estribilho de que a Igreja deve abster-se da política para dedicar-se às coisas do céu: O verdadeiro cristão é aquele que se esforça com todas suas forças para tornar o mundo, e de fato a terra, mais habitável.

Autor: Stefano Femminis

Fonte: Mirada Global

Meio Ambiente: responsabilidade de todos !

 

Utilizar racionalmente os recursos da natureza significa ampliar a capacidade produtiva do ambiente em favor do homem, sem, contudo, degradar a natureza.

Todos nós contribuímos de diferentes maneiras, involuntariamente ou não, para a degradação do meio ambiente. Mesmo que essa afirmação possa parecer absurda para muitas pessoas, com certeza, ela se trata de uma pura verdade, pois todo ser humano faz uso dos recursos que vêm da natureza por meio da aquisição de bens e serviços diversos, o que invariavelmente causa alterações nos ecossistemas naturais.

Basta você lembrar que desde o princípio da humanidade o homem recorre aos elementos da natureza para suprir suas necessidades básicas, como, alimento, abrigo, proteção, reprodução cultural etc. Dessa maneira, no decorrer de nossa história foram desenvolvidos mecanismos para melhor utilizar os recursos disponíveis. Assim, as técnicas de plantio, colheita, extração e transformação dos recursos naturais foram aprimoradas cada vez mais.

As madeiras, as plantas produtoras de fibras, os vegetais usados na alimentação, etc. são recursos renováveis, ou seja, que podem ser repostos continuamente. Outros, porém, existem em quantidades finitas e necessitam de um tempo extremamente longo para serem novamente formados, como por exemplo, o carvão mineral, o petróleo e os minérios.

Os recursos renováveis são sempre repostos facilmente, mas os não-renováveis se não usados de forma regrada podem acabar de uma hora pra outra.

O nosso planeta não disporá de tais recursos por muito tempo se a poluição não for controlada, se o consumo exagerado continuar e se o crescimento da população humana não estiver sob controle.

Utilizar racionalmente os recursos da natureza significa ampliar a capacidade produtiva do ambiente em favor do homem, sem, contudo, degradar a natureza.

É certo que os nossos atos geram conseqüências para nós, mas não se limitam só a isso, pois não podemos esquecer que as nossas ações interferem também na vida de todos os demais seres vivos que habitam nosso planeta.

Portanto, cada um de nós deve pensar nas suas atitudes e hábitos, agindo com responsabilidade com nossos semelhantes e com a natureza.

Autor: Giovanni Salera Júnior

Mestre em Ciências do Ambiente e Especialista em Direito Ambiental.

Fonte: Voz do Marajó

Passaporte Verde vai orientar o turista sobre como contribuir para a conservação do meio ambiente

 

Rio de Janeiro – O Passaporte Verde, um livreto com informações para orientar o turista sobre como contribuir para a conservação do meio ambiente e melhorar a qualidade de vida das pessoas, foi lançado hoje (2) na capital fluminense, em cerimônia no monumento ao Cristo Redentor, no Morro do Corcovado. A campanha é uma parceria entre os ministérios do Meio Ambiente e do Turismo e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

“Essa parceria permite a capacitação, qualificação de profissionais, eficiência energética, além de um novo formato de turismo sustentável, que, na verdade, possibilita que todos possam mudar o seu comportamento com atitudes do dia a dia em que você pode ter um mundo mais sustentável e consumir melhor”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, disse que o Passaporte Verde tem também como objetivo facilitar a informação para que os turistas estrangeiros possam fazer escolhas mais seletivas sobre a sustentabilidade ambiental. Ele também destacou a sua importância, além da questão ambiental, para os eventos internacionais que o Rio de Janeiro vai sediar nos próximos anos. “[O Passaporte Verde] é importante no Dia Mundial do Meio Ambiente, que se comemora no próximo dia 5, mas será mais importante na contribuição para os preparativos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016″.

O Passaporte Verde terá uma tiragem inicial de 100 mil exemplares disponíveis em aeroportos, hotéis, restaurantes e outros pontos turísticos, além dos estandes da Conferência Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorre de 13 a 22 deste mês, no Rio de Janeiro. O Instituto Chico Mendes também está auxiliando na divulgação da campanha nos parques nacionais. Ela também será veiculada na televisão, no rádio e nas mídias sociais.

 Fonte: Agência Brasil

 

 

Brasileiro é premiado pela ONU por esforços na área de desenvolvimento sustentável

 

Brasília – O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), premiou seis personalidades mundiais por suas iniciativas em favor do desenvolvimento sustentável. O empresário brasileiro Fábio Barbosa venceu na categoria Visão Empresarial pela atuação em projetos sociais e ambientais. Ele contribuiu, por mais de dez anos, na integração entre práticas sociais e ambientais conscientes na gestão de empresas e bancos, como o Real – ABN Amro Bank, e como presidente da Federação Brasileira de Bancos.

Também foram premiados o líder comunitário queniano Massai Samson Parashina, o sultão dos Emirados Árabes Unidos Ahmed Al Jaber, o pesquisador suíço Bertrand Piccard, o cientista holandês Sander Van Der Leeuw e o presidente da Mongólia, Tsakhia Elbegdorj.

O líder queniano foi homenageado na categoria Iniciativas de Raízes pela criação de um fundo para apoiar projetos educacionais e de preservação ambiental em uma comunidade rural. O presidente da Mongólia foi distinguido pela adoção de políticas de combate à poluição em seu país, um dos menos povoados do mundo.

O suíço Piccard foi premiado devido ao projeto que desenvolveu de um avião movido a energia solar. Com estudos realizados sobre inovação e sustentabilidade, o cientista holandês Der Leeuw venceu na categoria Ciência e Inovação, e o sultão Al Jaber recebeu o reconhecimento pelo projeto de cidade sustentável Masdar City, em Abu Dhabi (Emirados Árabes).

Lançado em 2005, o Prêmio Campeões da Terra da ONU já reconheceu o trabalho de mais de 50 pessoas envolvidas em ações de preservação ambiental. Já receberam o prêmio o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, o atual presidente México, Felipe Calderón, e a atriz e ativista chinesa Zhou Xun.

Fonte: Agência Brasil – Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa e a agência de notícias da ONU

 

 

 

Brasil sediará órgão da ONU para meio ambiente

 

 

Rio de Janeiro – O Brasil sediará um órgão das Nações Unidas (ONU) para pesquisa em tecnologia verde. Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a iniciativa deve ser anunciada pela presidenta Dilma Rousseff em 5 de junho, Dia do Mundial do Meio Ambiente, às vésperas da Rio+20. O órgão deve ser instalado na cidade do Rio de Janeiro.

“É um órgão da ONU ligado à pesquisa em tecnologia limpa, economia verde, de baixo carbono”, declarou Minc à Agência Brasil.

Segundo ele, que já foi ministro do Meio Ambiente, a presidenta também lançará um pacote de medidas para alavancar o desenvolvimento sustentável no país. Entre elas, a criação de unidades de conservação e a divisão de metas de redução das emissões de gases do efeito estufa entre os setores da economia.

Em relação ao novo órgão da ONU, Minc disse que a estrutura será composta por pesquisadores brasileiros e estrangeiros e será vinculada ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). “Um dos pontos da Rio+20 é a discussão da governança ambiental global e nossa ideia é fortalecer o Pnuma. Não tem sentido o problema ser tão grave e o Pnuma tão fraco”, disse Minc durante entrevista no lançamento do Rio Clima, evento que ocorrerá paralelamente à Rio+20.

O novo órgão poderá ser instalado no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na Ilha do Fundão, onde está um dos principais centros de pesquisa em tecnologia no país, o Coope (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia). O atual secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, é um dos principais pesquisadores do instituto.

Na semana passada, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, sinalizou a criação, pelo Brasil, de uma instituição focada “nos três pilares do desenvolvimento sustentável” (ambiental, econômico e social) e que colocaria o país na vanguarda. Na ocasião, ela disse que “o Brasil pode tratar de uma estrutura de governança sustentável. Aguardem [cenas] dos próximos capítulos”.

O Rio Clima (Rio Climate Challenge) será realizado entre os dias 13 e 21 de junho e discutirá formas de enfrentar as mudanças no clima no planeta e preparar propostas para a Conferência das Partes (COP) 18, em dezembro, no Catar.

Fonte: Agência Brasil

 

 

 

 

Economia Verde

 

O que é a Economia Verde?

 

 

A crise financeira global que teve início em 2007, e perdura nos dias de hoje, é considerada, por muitos economistas, como a pior crise financeira desde a Grande Depressão de 1929. Uma das principais lições que podemos tirar dessa experiência é que a forma habitual de gestão da economia já não é mais conveniente. A nova Economia Verde é, portanto, uma alternativa apropriada e uma maneira mais sustentável de fazer negócios.

Uma Economia Verde é descrita como uma economia que resulta em melhor qualidade de vida humana e equidade social, além da redução de riscos ambientais e escassez ecológica. Em outras palavras, podemos pensar em uma economia verde como uma ferramenta de baixa emissão de carbono, eficiência de recursos e inclusão social.

A Tragédia dos Comuns

O dilema que enfrentamos entre a atual economia “marrom” e a proposta de economia “verde” pode ser ilustrado por um artigo escrito por Garret Hardin, chamado A Tragédia dos Comuns, em 1968. Ele descreve um pasto comum em que vários agricultores deixam seu gado pastar. A fim de aumentar a riqueza individual, é do interesse de cada produtor ampliar o seu rebanho e continuar a pastar no mesmo trecho de terra. Mas quando o limite de um certo número de bois é ultrapassado, a qualidade da terra começa a diminuir.

Como ninguém é particularmente responsável pela terra e nenhum imposto é cobrado para pastagem, cada agricultor continua a maximizar os lucros com o aumento de seu rebanho. O problema, no entanto, continua sendo o fato de a qualidade da terra continuar a degradar-se cm a crescente pressão dos crescentes rebanhos e o capim se torna insuficiente para alimentar o gado. Ou seja, os agricultores que aumentam seu rebanho podem até se beneficiar no início, mas depois perdem seu meio de subsistência, e todos perdem nesse cenário.

Economistas ambientais identificaram como principal problema deste dilema o fato de o recurso natural (o capim) ser consumido sem gastos, já que ninguém é dono da terra “comum”. Se, todavia, um imposto for cobrado por cabeça de gado e o valor da terra aumentar com o aumento do rebanho, ficaria muito caro ultrapassar o limite de pastagem. Assim, os agricultores perceberiam as perdas e seriam forçados a reduzir o número do rebanho, consequentemente se autorregulando para níveis sustentáveis para benefício de todos.

A Tragédia dos Comuns é um exemplo simples de um sistema econômico muito mais complexo. No nosso exemplo, muitas questões são deixadas sem resposta, como quem é beneficiado pelo dinheiro, em que eles usam o dinheiro e como todos continuarão a ser beneficiados neste processo. A Iniciativa Economia Verde, liderada pelo PNUMA, foi lançada no fim de 2008 e fornece um mecanismo de trabalho prático e abrangente, por meio de análises e apoio político para o investimento em setores verdes e no esverdeamento de setores que não são ambientalmente saudáveis.

A Iniciativa Economia Verde tem três atividades principais, que são: o Relatório Economia Verde (e outros materiais de pesquisa), que analisa as implicações de investimentos verdes na economia, sustentabilidade e redução da pobreza nos diferentes setores; prover consultoria sobre a transição rumo a uma economia verde; e engajar uma ampla gama de cientistas, organizações não governamentais, empresas e agências da ONU na implementação dessa iniciativa.

Empregos verdes

Afinal, por que tanto barulho? Independentemente dos benefícios ambientais e opções para sustentabilidade, investimentos em uma Economia Verde são relatados como um agente de criação de milhões de empregos, como no relatório do PNUMA Empregos Verdes. Um dos mais importantes motores para o crescimento da economia é o alto nível de empregos, o que não só reduz os encargos sobre a economia, mas também dá aos consumidores o poder de compra para sustentar vidas através de indústrias de apoio.

Até 2008, mais de 2,3 milhões de pessoas em apenas seis países que são líderes em empregos verdes, foram empregados neste setor de baixo carbono (China, Dinamarca, Alemanha, Índia, Espanha e Estados Unidos). A Economia Verde não é apenas uma moda, mas uma das melhores soluções disponíveis para o crescimento verde da economia que reconhece o componente social.

Fonte: www.unep.org/portuguese/wed/greeneconomy

Falar de lixo

Toda manhã a escrivaninha de minha colega chamava minha atenção. Embaixo da tela do computador, entre uma xícara com lápis e o grampeador, guardava seu lanche da manhã. Às vezes dois chocolates embrulhados em papel dourado ou duas bolachas doces embrulhadas em papel celofane, às vezes um bombom de Filipinas enrolado em papel rosado, e sempre uma fruta. Um dia maçã, outro uma laranja, o terceiro dia uma banana. Sem importar a variedade, a fruta sempre estava embrulhada de forma tão meticulosa como os outros comestíveis.

De repente me pareceu redundante uma maçã num envoltório plástico. Uma banana num plástico me pareceu absolutamente ridículo. Toda manhã, não podia deixar de olhar com incredulidade estes produtos com dois envoltórios, mas nunca tive coragem de questionar a filosofia de minha colega para seus envoltórios.

Perguntava-me por que uma pessoa gastaria tanto tempo, energia e dinheiro para envolver uma banana em filme plástico, que depois requereria mais tempo, energia e dinheiro para desfazer-se dele. Depois de tudo, o Criador já deu à banana uma coberta protetora. Que propósito pode servir uma capa adicional de verniz petroquímico?

Minha colega não está sozinha nestes questionamentos. Tanto comerciantes como consumidores parecem acreditar que não pode existir uma transação comercial lícita se não terminar em uma sacola ou uma caixa, uma garrafa ou um pacote blíster cujo destino final é a lata de lixo.

A CÁSCA ARTIFICIAL

Em Gone Tomorrow: The Hidden Life of Garbage, Heather Rogersestima que 80% dos produtos americanos, como este vasilhame plástico, são descartados depois de um só uso. Por suposto que seria raro encontrar alguém que usasse um plátano mais de uma vez. A comida, o bem de consumo por excelência, tornou-se o primeiro bem descartável em nossos abarrotados mercados. Uma enorme quantidade dos comestíveis neste país nem sequer recebe a honra passageira de ser usada alguma vez. Em geral as casas americanas perdem a quarta parte de toda a comida pela qual provavelmente trabalharam para trazer para casa. Acrescentemos a isto o resto do lixo que se produz através da linha completa de produção e distribuição, do campo ao supermercado, e a porcentagem total de comida que se perde antes de ser provada está próxima a um alarmante e vergonhoso 40%.

Mas salvo em circunstâncias muito especiais, como concorrências de lançamento de bolos, a comida não é produzida intencionalmente para ser desperdiçada. Não acontece a mesma coisa com os acessórios e envoltórios. 30% do lixo municipal correspondem a um só item: recipientes e embalagens; caixas de poliestireno, tarros de conserva, isto e o outro de plástico. Praticamente toda a comida que chega a nossa boca sai de uma embalagem artificial.

A simples vista, parece que a embalagem de filme plástico e a casca da banana diferem só quimicamente, já que cumprem a mesma função. Desde Aristóteles, os filósofos procuraram o propósito putativo de um objeto para tratar de definir sua essência. Mas só o consumidor olha a casca da banana como embalagem. Do lado da bananeira (árvore), a casca é vital na procriação. Para o solo, esta significa futuros nutrientes e mais fertilidade.

Irredutíveis em um único propósito, as coisas naturais são um desperdício só provisória e condicionalmente. Uma tarde em que estava com um amigo apanhando amoras, ele me manifestou preocupação porque já começava a anoitecer. “Se não apanharmos todas as frutas destes arbustos, perderemos todas as amoras”. Concedi-lhe valor parcial a esta afirmação. Sob o ponto de vista de nossos estômagos, as amoras não cumpririam sua função se não chegassem às nossas bocas.

No entanto, se tivéssemos consultado os arbustos e as amoras, talvez tivéssemos demorado nossa apressada colheita. Com respeito à reprodução, as amoras existem como unidades, criativamente desenhadas, de distribuição de sementes. Em termos biológicos simples: os pássaros as comem, voam e lançam as sementes sobre os diferentes tipos de solos. Por outro lado, nós, consumidores civilizados, consumirmos as sementes e depois as destinamos a sua destruição em uma planta de tratamento de águas servidas. Então, onde estava a perda: no arbusto ou em nosso sistema de esgoto?

A embalagem plástica não tem essa multiplicidade de propósitos, nem a ambiguidade redentora de ser “desperdício” natural. Seu desenho é menos inteligente. Uma vez cumprida sua função única, não serve para nada mais. Ou quase, porque não tem nada mais que conseguir. Se a função e a essência vão juntas nos objetos criados pelo homem, então um bem de consumo desprovido de função está desprovido de essência. Transformam-se incondicionalmente e para sempre em desperdício, já que não pode ter nenhum outro propósito.

Aqui temos um objeto que sempre existiu como lixo. Esse tipo de desperdício, considerado assim sob todos os pontos de vista, desperdício inclusive no próprio conceito de um objeto, eu classifico isso filosoficamente como “lixo”.

O ESTILO DE VIDA DE UM USO

O gênio da tecnologia moderna consiste em sua habilidade sem precedentes para separar um produto de sua produção. Os consumidores desejam comodidades como comida saborosa, bons espetáculos, bom transporte. Os mecanismos cumprem estas expectativas. Seu cumprimento se aproxima da perfeição quanto mais perto estiver de prover produtos para os quais há demanda sem pedir nada para si. O mecanismo perfeito permanece completamente escondido por trás da conveniência do bem consumível.

Conveniência, a rocha sobre a qual construímos a religião do consumo, depende absolutamente da divisão entre bem e mecanismo. Plantar nossas próprias batatas não é muito conveniente, especialmente quando comparamos com a compra de um pacote de batatas fritas salgadas e temperadas. Um sistema industrial de produção de alimentos complexo, tecnologizado e principalmente invisível é o mecanismo globalizado que alimenta nossa necessidade de fast food. Como parte essencial deste “mecanismo”, a única função do empacotamento é entregar o produto alimento de modo mais conveniente e confiável possível. Sua única função precisa seu único uso.

Se o consumidor tivesse que dobrar o vasilhame plástico e levá-lo para casa, para o lanche da manhã ou se tivesse que lavar e secar o copo descartável para o próximo café, ou se tivesse que devolver a lata ao fabricante de bebidas para reutilizá-la, então estes mecanismos entregariam seus produtos inconvenientemente. O objetivo do mecanismo é desaparecer.

Sendo assim a casca da banana e a embalagem plástica diferem mais que só quimicamente. A casca é multivalente, existe e funciona dentro de uma rede integrada de relações. Cada relação lhe dá um feitio único.

Por outro lado, a embalagem plástica é expressamente desenhada para entregar um só valor: a proteção do produto do ar, sujeira e germes. Uma vez que a comida desaparece, a razão de ser do plástico também. Materialmente, o objeto tem as mesmas qualidades que tinham quando acabou de se desprender do rolo. Mas ontologicamente, transformou-se, irremediavelmente, em desperdício. Quantos de nós a usaríamos de novo para envolver outro sanduíche? Não; deve ser jogada fora. Já não tem lugar em nosso mundo consumista.

COLETORES DE LIXO

Todos nós sabemos que as coisas que descartamos não desaparecem; mas como consumidores, temos pouco a ver com o lixo que geramos. Nosso elaborado sistema de coleta de lixo, incineração, depósito e reciclagem é um sofisticado mecanismo que proporciona à maioria dos consumidores as comodidades de higiene, limpeza e esquecimento.

Esconder nosso lixo com a divisão tecnológica de produto e mecanismo nos permite consumir sem preocupar-nos pelas consequências. Os cristãos deveriam olhar com cautela as casas muito divididas; disseram-nos que todas estão destinadas a cair. De fato, o colapso começou há muito tempo. Apesar de nossa consciência ambiental e a desmaterialização da era digital, a quantidade de lixo aumenta. Segundo a Agência Americana de Proteção ao Meio Ambiente, em 1960 os americanos geravam diariamente 2,68 libras de lixo sólido por pessoa. Em 2010, a cifra aumentara a 4,43 libras. Quando maior a cunha que introduzamos entre o produto e seu mecanismo, maior será a quantidade de desperdício para encher a greta.

Nós, católicos, nos consideramos um povo do livro, mas também somos povo do corpo. Nossa fé na reencarnação e na ressurreição física de Cristo nos exige levar a sério o assunto. Vivemos num mundo material santificado por estes mistérios gêmeos. Uma consideração real por este lugar nos permite unir-nos a Pierre Teilhard de Chardin em seu louvor ao “Cristo glorioso: influência divina secretamente difundida e ativa no seio da matéria, e centro deslumbrador onde se unem as inúmeras fibras do complexo”.

Em nossa dupla condição de herdeiros e habitantes destes mistérios, somos chamados a ocupar-nos com as coisas materiais de nosso mundo. Eu me lembro de que a mera conveniência não figura entre as Bem-aventuranças. A cultura consumista contemporânea não é somente uma cultura de morte. É uma cultura de nulidade, construída ao redor da “antimatéria” dos objetos descartáveis. O lixo é o resultado tecnológico de reduzir um objeto da criação ricamente inter-relacionado a uma só função autodestrutiva. Será que nós não deveríamos nos preocupar com todo o nosso sistema de produção, que ele seja um mecanismo eficiente para transmutar “a influência divina secretamente difundida e ativa no seio da matéria”, em aterro sanitário? Não deveríamos, como participantes da Eucaristia, onde Cristo confirma sua presença real na matéria, fomentar o desgosto pelas coisas descartáveis —objetos fabricados que em si não bons para nada?—.

Anos depois da II Guerra, o filósofo francês Jean-Paul Sartre disse: “Nunca fomos tão livres como durante a ocupação alemã”. Sartre era ateu, mas os católicos podem apreciar sua inclinação pelo paradoxo. Sob a ocupação, todo ato cobrou significado; todo ato, por mais prosaico que fosse, oferecia a possibilidade de mostrar valentia e inconformismo. Em uma sociedade descartável se apresentam oportunidades análogas. Toda sacola de compras que rejeitamos, todo copo de café que reutilizamos, todo objeto de plástico que evitamos usar, nos leva outro passo mais ao “centro deslumbrador onde se unem as inúmeras fibras do complexo”.

Autor: Gregory M. Kennedy

Fonte: Mirada Global



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