Eu vim para servir
Com este versículo do Evangelista Marcos (10,45) a Igreja lança a Campanha da Fraternidade 2015 que trás como tema: Fraternidade, Igreja e Sociedade. Seu objetivo geral busca aprofundar o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade. Reflete toda a caminhada iluminada pelo Concilio Ecumênico Vaticano II e trata de testemunhar o rosto de uma Igreja servidora. É importante registrar que o Cartaz reproduz uma foto do Papa Francisco na cerimônia do Lava-pés de 2014, quando ele oscula os pés de um fiel depois de tê-los lavado, imitando o gesto misericordioso de Jesus o Salvador.
Como sempre a Campanha da Fraternidade seguirá a metodologia pastoral e teológica do VER-JULGAR-AGIR, levando a conversão e ao comprometimento. Na etapa do Ver, são repassadas as formas de como a Igreja se relacionou com o Estado e a sociedade, na cristandade colonial, o Império, os desafios da primeira metade do século XXI, o período da repressão e a urbanização, o desenvolvimento e a violência atual. Diante deste quadro se apresenta o serviço e as práticas eclesiais em prol da sociedade e dos pobres, encerrando a reflexão com os sinais dos tempos e a esperança diante dos desafios.
Na segunda parte o Julgar se inicia com olhar para a experiência de Israel como Povo destinado a ser Luz para as Nações, focaliza de imediato a proposta de Jesus Cristo que veio para servir e não ser servido, instaurando o poder serviço do seu Novo Reino, e a continuidade da Igreja nascente a serviço de uma sociedade reconciliada e fraterna. Se apresenta de imediato a relação Igreja-sociedade nos documentos do Magistério da Igreja e seus critérios, bem comum, solidariedade, participação, justiça social e opção preferencial pelos pobres.
No Agir são apresentadas linhas de encaminhamento para práticas na direção do Diálogo, da Cooperação e do Serviço. Propõem-se aconstrução de uma Cultura de Paz, a participação nos Conselhos Paritários e o aprofundamento de uma Democracia ativa que envolva a cidadania, o apoio a reforma Política e Reforma do Estado tornando-o mais servidor e democrático.
Esta Campanha se situa em perfeita sintonia com uma Igreja em processo de saída, Igreja samaritana e misericordiosa, que ousa ir ao encontro das periferias existenciais e matérias, gerando a civilização, da ternura, da paz e do serviço solidário. Deus seja louvado!
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Fonte: CNBB