Homenagem aos nossos padres
O mês de agosto é dedicado às vocações e no primeiro domingo a Igreja celebra o Dia do Padre. Sua origem é a memória litúrgica de São João Maria Vianney, celebrada no dia 4. E a Paróquia São Francisco Xavier tem três grandes motivos para comemorar a data: a vida dos nossos padres.
Capixaba, o padre Magno nasceu e foi criado no município de Linhares, com os pais e cinco irmãos. De família católica, o discernimento da vida vocacional começou na adolescência, época em que participava na Pastoral da Juventude, e seguiu até os 21 anos, quando entrou no Seminário Dom Orione, em Rio Bananal. “Foi um processo bem longo, porque uma coisa é querer ser padre e outra é entender e compreender o chamado de Deus ao sacerdócio e dar seu sim. Quando contei aos meus familiares e amigos minha decisão, eles ficaram bastante surpresos, mas sempre me apoiaram” ,recorda padre Magno.
Ele ficou 11 anos no seminário e foi ordenado 2001. No período de estudos passou pelos seminários @orionitas também de Juiz de Fora, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Há quatro anos em Niterói, padre Magno acredita que ficar longe da família é a única parte ruim da vida sacerdotal. “Acabei me acostumando com a distância dos meus familiares, mas os laços de amor continuam intactos”, conta. Para quem está com dúvidas relacionadas à vocação, ele deixa um recado. “Não coloque obstáculos e não tema em responder o chamado de Deus sua vida”!
Mineiro, de Virginópolis, padre Rafael descobriu a vocação ao sacerdócio aos 19 anos. Na época, participava do grupo jovem de sua paróquia e assumia vários trabalhos de acordo com as necessidades. Depois de um processo de discernimento de um ano, entrou para o Seminário Dom Carlos Sterpi, em Belo Horizonte. De família católica, conheceu a Ordem Orionita através da mãe, que era madrinha das crianças que viviam no Lar Dom Orione. Depois de 13 anos, entre o colegial, a filosofia e a teologia, ele foi ordenado padre no dia 20 de novembro de 1988.
“Podemos servir a Deus em tantas outras profissões, mas o sacerdócio é um chamado para quem deseja dedicar a vida à causa de Deus com exclusividade. Eu poderia ser feliz fazendo outras coisas, mas Deus me concedeu esta graça, ser seu ministro. Foi o máximo que ele poderia me dar… Não mereceria tanto. Não tem comparação”, diz padre Rafael.
Está com dúvidas vocacionais? Confira esse recado dele:
– Ore com fé e deixe que Deus ilumine a decisão a ser tomada.
– Mas sempre bom lembrar que a vocação é uma construção.
– Deus e o vocacionado. A descoberta tem que ser renovada sempre.
Padre Rafael está em Niterói desde janeiro de 2019, mas já esteve aqui também de 2002 a 2005. Sobre a saudade da família, ele conta “meus pais são falecidos e tenho quatro irmãos em Belo Horizonte. Nunca fiquei muito tempo sem visitar os parentes, com exceção dos três anos que morei na Itália. Se precisasse escolher novamente, continuaria escolhendo o sacerdócio”.
Tocantinense, de Araguaína, padre Neuzivan já nasceu em um lar católico e com apenas 12 anos iniciou seu processo vocacional. Neste período se tornou coroinha e passou também pela Legião de Maria e o Grupo de Oração Jovem. Aos 15 anos, mesmo com muita dúvida se iria para o seminário ou se ficava para cuidar da mãe – na época muito doente -, ele seguiu sua missão. Entrou para o seminário de Dom Orione Padre Patarello e fez o colegial ainda em sua cidade, mas o noviciado em Brasília-DF, o tirocínio em Palmas-TO, cursou filosofia em Fortaleza-CE e teologia em Belo Horizonte-MG. Foi ordenado sacerdote aos 29 anos e sua primeira missão como padre foi no Seminário Dom Orione de Ananindeua-PA, de 2016 a 2018. E desde janeiro de 2019 está em nossa paróquia.
Confira aqui a mensagem dele: “Nem todo mundo é chamado para o sacerdócio. É muito difícil aceitar que Deus chama homens de carne e osso para missão do seu Reino. Mas para quem recebem esse chamado a melhor opção é dizer sim, pois a vocação acertada é uma escolha de vida feliz. Se você tem dúvida se é chamado, intensifique a oração e responda: ‘Senhor aqui estou. O que queres de mim? Envia-me para fazer tua vontade’. A vivência do sacerdócio na Igreja é uma sensação de ser como um instrumento do qual o Grande Doutor vai operando o mundo. Não é uma profissão, mas um estilo de vida. O que se recebe nada nesse mundo consegue alcançar. Rezo para que você também responda o seu Sim ao Senhor, a messe precisa de você para construir nos corações humanos a Salvação.”