José de Anchieta será canonizado
O beato José de Anchieta será declarado Santo pelo Papa Francisco nesta quarta-feira.
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convoca todas as Igrejas do país para que toquem os sinos, no dia 2 de abril, às 9 horas da manhã, por ocasião da canonização do beato José de Anchieta.
Para celebrar a canonização, o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, presidirá uma missa em ação de graças na Catedral Metropolitana de São Sebastião, hoje, dia 2 de abril, às 18h.
O Papa Francisco celebrará ainda uma missa em ação de graças pela canonização do ‘apóstolo do Brasil’ no dia 24 de abril na igreja romana dos jesuítas, ‘Chiesa del Gesù’. Nascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias (Espanha), o beato foi um religioso fortemente ligado à evangelização no Brasil.
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Quem foi José de Anchieta
Padre José de Anchieta nasceu em São Cristóvão da Laguna, em Tenerife, nas Ilhas Canárias (Espanha), no dia 19 de março de 1534. Estudou em Coimbra, Portugal, onde ingressou na Companhia de Jesus, em 1551. Anchieta veio para o Brasil, chegando aqui no dia 13 de julho de 1553. Permaneceu alguns meses em Salvador, na Bahia. Já a caminho da Capitania de São Vicente, em São Paulo, visitou pela primeira vez a aldeia de Reritiba, hoje cidade de Anchieta, no Espírito Santo.
Em 25 de janeiro de 1554, ainda noviço jesuíta, esteve presente na fundação da vila de Piratininga, berço da futura metrópole de São Paulo, no atual Pátio do Colégio. Em 1563, como refém dos índios Tamoios, iniciou seu famoso Poema da Virgem, com 5.732 versos latinos, alguns dos quais teriam sido tracejados nas areias da praia de Iperoig, na Baixada Santista.
Anchieta participou da fundação do Rio de Janeiro, ao lado de Estácio de Sá, em 1565. No mesmo ano, foi ordenado sacerdote, em Salvador, na Bahia.
Sua atividade foi intensa e fecunda: professor de latim, catequista, dramaturgo, escritor, poeta, estudioso de fauna e de flora. Foi músico, enfermeiro, construtor de capelas, conselheiro espiritual, pacificador e defensor dos índios.
Superior em diversas comunidades dos jesuítas, foi o sucessor do padre Manuel da Nóbrega como Provincial da Companhia de Jesus no Brasil.
Passou seus últimos anos de vida em Reritiba (ES), onde faleceu em 9 de junho de 1597, com 63 anos de idade, 44 anos de apostolado eficaz, criativo e incansável.
O Apóstolo do Brasil foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em Roma, no dia 22 de junho de 1980.
Carlos Moioli,
Com Portal A12 e Rádio Vaticano