MARIA, MULHER INTERCESSORA
Encontramos, no evangelho de hoje, Maria numa festa de casamento, pedindo a Jesus pelos noivos e pelos convidados. “Eles não têm mais vinho”, diz ela. Neste relato, encontramos a primeira manifestação da glória de Jesus; em outras palavras, é o primeiro dos sete sinais narrados pelo Evangelho de João.
De repente, o vinho vem a faltar. Sem vinho, a festa não seria completa. Maria, a mãe de Jesus, está presente. É justamente ela, com sensibilidade feminina e materna, que percebe o problema. Mulher judia, reconhece a importância do vinho na festa. Seu papel é interceder ao filho em favor dos convivas; sua presença é muito importante para que Jesus realize seu primeiro sinal, prova da eficácia da intercessão dela junto ao Filho.
Sem a presença de Maria, nossa Igreja seria mais pobre. Conforme o Concílio Vaticano II, ela, depois de Cristo, ocupa o lugar mais alto e o mais próximo a nós (cf. LG 54). Ela é fundamental para nossas comunidades cristãs. Traz esperança e otimismo à comunidade que crê. A comunidade orante sempre tem algum traço mariano. Maria constitui modelo para a realização da existência cristã.
Mãe de Jesus, noivo da comunidade, é também nossa mãe. Preocupada com a vida dos seus filhos e filhas, ela continua intercedendo junto a Jesus por todos nós. É a primeira alentadora onde há tristeza e desânimo. É a primeira ouvinte da palavra de Deus e nos convida a fazer tudo o que Jesus disser. Sendo a primeira cristã, é a primeira discípula de Jesus: escuta a palavra de Deus, medita-a em seu coração e a põe em prática.
Maria “foi quem melhor assimilou e viveu o evangelho. Por isso, ela é modelo de ação evangelizadora para a Igreja. Sua vida simples, marcada pela obediência da fé, nos acerca a seu Filho e nos faz verdadeiros discípulos missionários” (DGAE 141).
Pe. Nilo Luza, ssp