Missa da Ceia do Senhor
Instituição da Eucaristia
Na última ceia com os discípulos, Cristo partilha o pão e o vinho, simbolizando o seu corpo e sangue que será entregue por todos, é instituída a Eucaristia.
Fazei isso em memória de mim!
Com esta frase Cristo nos chama ao comprometimento em continuar a sua missão: se entregar e se doar por todos.
Trechos da homilia
– Hoje, ao redor desta mesa, nós devemos nos sentir como os discípulos. A Eucaristia deve ser o centro da vida da Igreja. Tudo nasce da Eucaristia e tudo volta para a Eucaristia.
A radicalidade da Eucaristia deve ser central, é nela que encontramos forças. A Eucaristia não pode ser vivida com sentimentalismo. É preciso entender e aprofundar o seu sentido. Ela precisa transformar o cristão.
A Eucaristia nos leva a querer ser uma pessoa melhor, a doar a vida, a ser mais humano. Se não for assim, será mero devocionismo. Ela é entrega, assim como Jesus sempre se doou, desde o início, não podia se de outra forma, Ele tinha que continuar a maratona do Amor, se doando até a morte. Sendo assim, o pão e o vinho, ficam para nós, como Sacramento, um sinal visível, para que façamos a mesma coisa que Ele fez: doação e serviço.
Quem come desta mesa se compromete com Jesus
Quando comemos um alimento, passamos o dia gastando a energia que ganhamos com este alimento. O mesmo deve acontecer com a Eucaristia, devemos gastar esta energia recebida, nos doando e servindo ao próximo. Não adianta receber a comunhão com Deus e não me reconciliar com meu irmão. Não existe comunhão com Deus, quando não existe o esforço para ter comunhão com o irmão.
Antes, o sangue do cordeiro salvava os judeus. Hoje, não é necessário o cordeiro para ser poupado da morte e receber a vida eterna, Jesus nos salva, porque mostrou qual é o caminho: que só existe salvação doando a vida, morrendo para o nosso capricho, nossa maldade, para nascermos para o caminho da salvação.
Foi nesta última ceia que Jesus escolheu para demonstrar que quem recebe desta mesa precisa estar disposto a servir.
Lava–Pés
“Se eu não te lavar, não terás parte comigo”
A cerimônia simbólica do Lava-Pés deste ano teve a participação de membros da Pastoral da Saúde, enfatizando a Campanha da Fraternidade de 2012, cujo lema foi “Que a saúde se difunda sobre a terra”.
Transladação do Santíssimo
Após a celebração da Missa da Ceia do Senhor, os paroquianos saíram em procissão em direção a Igrejinha Histórica para a adoração ao Santíssimo Sacramento.
Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão!
Eis que eu vos dou um novo Mandamento:
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado”
Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão!
Vós sereis os meus amigos se seguirdes meu preceito:
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado”
Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão!
Permanecei em meu amor e segui meu madamento:
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado”
Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão!
E chegando a minha Páscoa, vos amei até o fim:
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado”
Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão!
Nisto todos saberão que vós sois os meus dicípulos:
“Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado”
Vigília Eucarística
Tão sublime Sacramento, adoremos neste altar,
Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar.
Venha a Fé, por suplemento os sentidos completar.
Ao eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador.
Ao Espírito exaultemos na Trindade, Eterno Amor.
Ao Deus Uno, e Trino demos a alegria do louvor.
Amém, Amém.
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Em Roma, o Papa Bento XVI, fala que “Quando o homem vai contra Deus aliena-se em si mesmo”
‘Jesus luta com o Pai: melhor, luta consigo mesmo; e luta por nós’, diz Papa
O Papa Bento XVI celebrou nesta quinta-feira, 05, na Basílica de São João de Latrão, a Catedral de Roma, a missa da Ceia do Senhor, também conhecida como a missa de lava-pés.
Em uma homilia forte e direta, Bento XVI explicou passo a passo, todo o percurso de Jesus desde a ceia com os discípulos ao momento em que Ele é entregue nas mãos dos judeus. O Papa destacou a obediência de Jesus frente à morte, ao contrário da postura de Adão no início da criação.
“Todavia, enquanto Filho, depõe esta vontade humana na vontade do Pai: não Eu, mas Tu. E assim Ele transformou a atitude de Adão, o pecado primordial do homem, curando deste modo o homem. (…) Quando o homem se põe contra Deus, põe-se contra a sua própria verdade e, por conseguinte, não fica livre mas alienado de si mesmo”, disse
No início da homilia, o Santo Padre explicou o sentido desta celebração que segundo ele, é repleta de vários significados ligados aos últimos momentos da vida terrena de Jesus.
“A Quinta-feira Santa não é apenas o dia da instituição da Santíssima Eucaristia, cujo esplendor se estende sem dúvida sobre tudo o mais, tudo atraindo, por assim dizer, para dentro dela. Faz parte da Quinta-feira Santa também a noite escura do Monte das Oliveiras, nela Se embrenhando Jesus com os seus discípulos; faz parte dela a solidão e o abandono vivido por Jesus, que, rezando, vai ao encontro da escuridão da morte”, explicou.
O Papa descreveu a ‘noite escura’ vivida por Jesus, momentos antes de ser entregue aos judeus, na qual, o Senhor além da angústia que sente, se apresenta diante do mal para vencê-lo.
“Ele estende o olhar pelas noites do mal; e vê a maré torpe de toda a mentira e infâmia que vem ao seu encontro naquele cálice que deve beber.Vê-me também a mim, e reza por mim”, destacou.
Por fim, o Pontífice apresentou Jesus como a figura do Novo Adão que vence o poder do mal pela obediência à vontade de Deus.
“Todavia, enquanto Filho, depõe esta vontade humana na vontade do Pai: não Eu, mas Tu. E assim Ele transformou a atitude de Adão, o pecado primordial do homem, curando deste modo o homem”, salientou.
Leia a íntegra da Homilia Papa Bento XVI – Santa Ceia
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