O Apóstolo do Brasil

Publicado em 09/06/2012 | Categoria: Notícias |


 

Memória do Beato José de Anchieta

 

 

ROMA, sexta-feira, 08 de junho de 2012(ZENIT.org) – Neste sábado, 09 de junho, se celebra a memória do Beato José de Anchieta considerado o “Apóstolo do Brasil”, a favor dos humilhados e ofendidos indígenas cuja história pode ser contemplada no Santuário Nacional de Anchieta, no Espírito Santo.

José De Anchieta nasceu a 19 de março de 1534 em Tenerife, nas Ilhas Canárias. Tendo entrado na Companhia de Jesus, foi enviado às missões do Brasil. Dedicou sua vida à evangelização das plagas brasileiras. Em 1595, o sacerdote conclui a primeira obra literária do país, a “Arte da Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil”, que inclui um dicionário português-tupi-guarani, impresso em Coimbra e depois, um catecismo.

Aos 18 anos, decidiu-se pela obra evangelizadora do Novo Mundo e inscreveu-se para participar de uma missão, que saiu de Portugal em 1553. Em Salvador, Anchieta tem sua primeira tarefa no Brasil: ajudar na organização do Colégio de Jesus.

No núcleo histórico da atual cidade de Anchieta, antiga aldeia de Reritiba localiza-se o Santuário Nacional de Anchieta, em uma encosta do morro do Rio Benevente, litoral sul do Espírito Santo, a80 kmda capital, Vitória.

Enquanto obra arquitetônica, o Santuário é uma construção jesuítica do Brasil Colônia. Foi erguido entre meados do século 16 e início do século 17.

O Conjunto Jesuítico de Anchieta destaca-se pela importância que teve no processo de inculturação religiosa dos índios puris e tupiniquins, conduzido pela Companhia de Jesus no tempo da Colônia, modelo considerado pioneiro no Brasil; mas também por ter sido o lugar escolhido pelo sacerdote José de Anchieta para viver os últimos anos de sua vida.

É possível ver a cela onde Pe. Anchieta hospedou-se muitas vezes em suas passagens pela localidade. Nela, recuperava-se dos desgastes físicos causados pelas longas viagens que fazia sempre a pé, a fim de preparar e fortalecer as comunidades indígenas. Nela, ele faleceu no dia 9 de junho de 1597.

Hoje, a cela abriga um pedaço do osso da tíbia do beato José de Anchieta, que pertencia, desde o ano de 1759, ao governo do Espírito Santo. A relíquia foi devolvida em 1888 aos jesuítas, que a levaram para Nova Friburgo, RJ. Voltando a residir em Anchieta, os jesuítas trouxeram de volta, em1944, arelíquia do Beato, cuja proteção ainda hoje invocam, para dar continuidade à obra missionária daquele que foi considerado “O Apóstolo do Brasil”.

José de Anchieta faleceu em 9 de junho de 1597. Era chamado de ‘paizinho’ pelos indígenas; agora é chamado de “Pai da pátria” pela CNBB. Reconhecidamente, Anchieta é um dos pilares da civilização brasileira.

 

Fonte: Zenit



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