O legado espiritual da JMJ Rio2013

Publicado em 11/07/2013 | Categoria: Notícias |


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  Muito se fala sobre os legados que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013) vai deixar para a sociedade do Rio de Janeiro e para o Brasil. Mas o principal legado não parece ser destacado. E é justamente aquele que não se tem como mensurar, por ser invisível aos olhos. É um legado para toda uma geração!

Como e quanto Deus vai agir no meio da juventude reunida? E o que esta obra de amor, deixada em cada coração, vai frutificar nos ambientes sociais em que cada jovem está inserido? E o que o testemunho dos que participarem do evento vai agregar à beleza da Cidade Maravilhosa, que sedia o evento? Nunca teremos essas respostas com exatidão.

Mas já se pode antever algumas das muitas graças, também comuns às outras Jornadas: um grande revigorar da fé entre aqueles que são os construtores do amanhã e a certeza de que eles não estão sozinhos em suas lutas cotidianas, porque a Igreja confia neles e com eles caminha. A mochila de cada peregrino que virá ao Santuário Mundial da Juventude, entre os dias 23 e 28 de julho, vai voltar repleta de uma bagagem de esperança e motivação, indicada para a construção do mundo novo, mais fraterno e justo, almejado por rapazes e moças de todas as nacionalidades. Simplesmente porque JMJ é encontro com jovem, encontro com Papa e encontro com o próprio Deus.

 

JMJ é encontro com jovem

 

Esses peregrinos, vindos de culturas tão diferentes, em terras cariocas vão redescobrir o sentido da vida e, na partilha de suas histórias e emoções, no brilho do olhar um do outro, vão recuperar a garra para lutar e encontrar caminhos para as próprias dificuldades enfrentadas, à luz do Evangelho, na certeza de que vale a pena serem protagonistas de um mundo novo.

Serão dias de ver, pelo lindo cenário carioca, jovem conversando com jovem, sorrindo com jovem, mas também chorando e rezando com jovem, numa troca de amor, verdadeira fraternidade, que transcende a barreira lingüística.


JMJ é encontro com o Papa

 

Rapazes e moças de todas as nacionalidades estarão chegando ao Rio de Janeiro para ouvirem as palavras de um idoso, o Papa Francisco. A maioiria deles, sim, admirada com a humildade e sabedoria deste Pontífice, notadamente carismático. Mas será mesmo este o grande atrativo que, usualmente, ao longo de todos esses anos de Jornada Mundial da Juventude, atrai multidões aos Papas? Certamente não!

Há na juventude algo que vence as barreiras, à primeira vista convencionadas da diferença de idades e interesses: a convicção de que qualquer Papa é um representante de Cristo entre os homens. Para cada jovem, ouvir o Pontífice falar aos seus corações sobre anseios e necessidades desta geração é prestar atenção às orientações do próprio Jesus, que caminha por entre os homens e a eles se dirige por meio daquele escolhido para representá-lo.

O amor da juventude por um Papa, aquele brilho no olhar de um jovem ao observar, mesmo que de longe, aquele homem de Deus idoso, é algo que não se esquece, ao participar de qualquer JMJ… Olhar com amor para o Papa, com a certeza de que ele é representante de Cristo na terra é um maravilhoso sinal de novos tempos! É próprio apenas de quem tem fé! E a fé é o supremo bem desses dias de Jornada! Jovens que têm fé anseiam por um amanhã melhor e seguem, com ânimo renovado.

 

JMJ é encontro com o próprio Deus

 

Sim: a JMJ é encontro com o próprio Deus, que revigora a sensibilidade espiritual do seu povo. Em tempos de Jornada, o clima da cidade muda: as belezas naturais se vivificam, as pessoas se tornam ainda mais acolhedoras e fraternas, as palavras evocam a criação, as atitudes remetem à salvação e o céu deixa de parecer impossível, porque, como que por um inexplicável milagre de amor, uma multidão de rapazes e moças começa a entender que a santidade é possível, porque é construída de pequenas coisas.

Nesses dias especiais, Deus se dá a todos de maneiras novas, criativas, na linguagem e da forma que cada um é capaz de compreender e acolher.

Deus está no meio do seu povo e fala com ele.

 

E o que fica disso tudo?

 

Do encontro com outros jovens, com o Papa e com o próprio Deus se guarda o testemunho de amor, que deixa um registro indelével no interior da juventude. E esta marca é transformadora, atinge todas as dimensões da vida do indivíduo, o transforma e motiva à busca por seus sonhos e ideais.

A experiência desses dias de Jornada é um impulso para toda a vida social de cada peregrino que participa do evento. Não é algo palpável e muito menos que se aplique apenas à vida na Igreja. Não! Isso porque nas partilhas com outros jovens, nos ensinos catequéticos, nos momentos de oração, nas atividades culturais e em cada pequeno detalhe vivido, Deus mesmo vai formando homens e mulheres novos para um mundo novo. Deus vai fazendo com que rapazes e moças tenham a consciência de que são, de fato, protagonistas de um mundo mais justo e fraterno, que pode ser construído com a colaboração de cada um, ao difundir, em suas diversas realidades, os valores do Evangelho.

O legado espiritual de uma Jornada Mundial da Juventude não se vê, não se mede… E, no entanto, é a maior preciosidade que uma geração pode ganhar. E, neste momento da história, está bem ao nosso alcance.

 

 Texto: Nice Affonso

Fonte: Arquidiocese do RJ



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