Recebemos o 3° Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil
“Niterói que é conhecida como a cidade sorriso, passa a ser conhecida também por nós como a cidade da gratidão.” E foi assim que Dom Nelson Francelino Ferreira, Bispo de Valença (RJ) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ) para a CNBB, encerrou o 3° Encontro de Revitalização da Pastoral Juvenil que ocorreu em nossa Arquidiocese. Mais de 100 representantes de dioceses, movimentos, comunidades e congregações, dentre bispos, padres, seminaristas, religiosos (as) e leigos (as), participaram das celebrações diárias em nossa matriz nos dias 17, 18 e 19 de junho.
A missa de abertura foi celebrada pelo arcebispo de Niterói, Dom José Francisco Rezende Dias, e concelebrada pelos bispos Dom Nelson Francelino Ferreira, de Valença (RJ), Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo-auxiliar de Belém (PA), Dom Darley José Krummer, bispo-auxiliar de Porto Alegre (RS) e Dom Júlio César Souza de Jesus, bispo-auxiliar de Fortaleza (CE). A missa de encerramento foi celebrada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani João Tempesta, com os mesmos bispos concelebrando.
Dom Orani, agradeceu aos Padres Orionitas e a nossa Paróquia por receber a pastoral juvenil do Brasil. “Que Deus rejuvenesça cada vez mais a Paróquia e a faça evangelizadora dessa bela e importante missão Sinodal, igreja em saída, que nós estamos vivendo”, felicitou o Cardeal do Rio de Janeiro.
Como reencontrar e reencantar os jovens depois de um período tão difícil como a pandemia? Essa era a pergunta chave do Encontro, dentre outros desafios, que ao longo de três dias os participantes tiveram a oportunidade de falar e de ouvir assim como os Discípulos de Emaús (Lc 21, 13-35) – que ao longo do caminho se viram desanimados diante da morte do Mestre e se colocaram a resmungar, mas ao reencontrar Jesus após a partilha da palavra e do pão, receberam um novo ardor e correram para contar a boa nova aos outros – também sentiram o coração arder com as sementes da esperança. “Enxergamos muitas possibilidades para sair do nosso conforto e até mesmo comodismo para abraçar essa ação missionária junto a nossa juventude. Temos muitas cruzes, mas não podemos deixar de destacar esses sinais de ressurreição que brota na obscuridade da pandemia e faz reacender sonhos e esperanças”, ressaltou Dom Nelson, que agradeceu toda a arquidiocese de Niterói pelo acolhimento e apoio para a realização do Encontro, que por causa da pandemia foi postergado desde 2020.
Esperança: a ruptura com continuidade
Um novo ardor missionário para a juventude foi o que marcou a 3a edição do Encontro, segundo Felipe Sampaio, da Diocese de Nova Friburgo. “É um novo retorno. Tivemos bons debates sobre as necessidades da juventude nesse novo tempo pós pandêmico. Como o Dom Nelson bem falou, a ruptura com a continuidade”, destacou Felipe.
O Encontro foi dividido em grupos por regionais para que os participantes analisassem a realidade juvenil e, a partir, dos itens como: atividades; missão; espaço; protagonismo juvenil; comunicação; formação; e estruturas de acompanhamento. Respondessem duas perguntas chaves para a construção do novo projeto, que será trabalho ao longo dos próximos três anos. Quais os desafios apresentados são mais marcantes na sua regional? Quais são as linhas de ação mais fragilizadas?
De acordo com o bispo-auxiliar de Belém do Pará e membro da CEPJ da CNBB, Dom Antônio de Assis Ribeiro, “nós temos muitas propostas em diversos âmbitos, eixos e temas, após a rica dinâmica que realizamos. Agora a comissão central vai trabalhar essas diversas questões em vista da elaboração do novo plano de pastoral juvenil do Brasil”. Dom Antônio também reforçou a importância de colocar cada vez mais em ato e prática a beleza do protagonismo juvenil.
“Jesus ama a juventude, a igreja ama a juventude e a sociedade precisa da juventude. A juventude de um modo geral, tem um grande potencial no coração e na mente. E essa riqueza toda tem que ser colocada a serviço de um mundo melhor. Se essa riqueza e força não estiver disponível a serviço de um mundo melhor, vai para o lado mau. Devemos estimular os jovens animados pela fé a focar todo o potencial positivo e inteligência que eles têm a serviço do bem. Isso vale a pena!”
O Padre Gildo, da Diocese de Picos no Piauí, da regional nordeste 4, também falou sobre a importância de fortalecer o setor juventude nas dioceses e paróquias. “O encontro foi um momento de muita alegria e também de clareamento da importância que a pastoral juvenil possui. Nós já saímos daqui com pistas de ação para trabalhar agora com a juventude em nossas regionais e, principalmente, poder ajudar os jovens na minha diocese.”