Relato do 12º ENPJ pela nossa paroquiana Milena Miranda
Embarcar para as terras distantes do Acre não foi fácil. Entre medo e preconceito, dúvida e contratempo cheguei a Rio Branco com uma única certeza: aproveitar cada minuto daquele encontro e trazer muita experiência para a Pastoral da Juventude de São Francisco.
Me surpreendi assim que pisei naquela terra pertencente a um povo guerreiro, dono de uma acolhida que eu nunca havia experimentado antes.
Vi uma rede de pessoas se desdobrando para dar o melhor a cada jovem que ali estava, fazendo com que nos sentíssemos cada vez mais em casa, além de nos mostrar cada pedacinho daquele chão sagrado, ensinando muito sobre esse Deus que é amor e que se faz presente no meio de nós, me fazendo perceber que não levaria só as experiências pra casa, mas, também, o calor da alma desse povo que emana sabedoria e fé.
Não foi fácil me acostumar com o clima, o fuso-horário e as horas que passavam lentamente, ainda mais quando se é acostumada com o verão carioca e com a correria da ‘cidade grande’. Entretanto, foi essa calmaria de sentir a natureza que me fez vivenciar belíssimos momentos, como a missão em uma aldeia rural, cujo percurso era de, aproximadamente, 18 quilômetros.
O Acre existe SIM e lá vivem pessoas ricas de amor, de fé, de esperança; pessoas que se orgulham do seu estado que tanto batalhou para pertencer ao nosso país; pessoas que comem os alimentos de sua terra, cuidam dos seus irmãos e acreditam em um mundo melhor.
A cada mística e celebração contemplamos Jesus no rosto de cada jovem ali presente. Fomos às Galiléias e ao encontro da Samaritana, demos água ao Mestre e bebemos dessa fonte de vida que é Cristo. Sentamos à beira do poço e aprendemos sobre aquele chão sagrado. Quebramos preconceitos, partilhamos nossos costumes, sotaques. Celebrávamos a vida e crescemos na fé.
Gratidão e esperança são as palavras que ficam desse encontro. Retorno à Niterói trazendo um pedacinho de cada canto do nosso Brasil, com a mente e o coração preparados para continuar fazendo acontecer a Pastoral da Juventude da nossa Paróquia.
“Sou Eu quem falo com você, vem ver um pedacinho deste chão, da samaria até os fins da Amazônia Deus te chama a conhecer o rosto do irmão.”
TXAI*
* Txai significa “mais que amigo, mais que irmão! A metade de mim que está em você e a metade de você que está em mim”, na língua dos índios da tribo Kaxinawá, do Acre.
Lindo testemunho!!!! Parabéns!!!! Que Deus abençoe cada passo dessa juventude que quer ver um mundo melhor!!! Qu