Nesta data, celebrava-se a festa chamada Circuncisão do Menino Jesus, que se referia a uma cerimônia dos judeus que acontece oito dias após o nascimento dos meninos.
Hoje, porém, a Igreja comemora a solenidade da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus. Essa solenidade conclui a Oitava de Natal, um conjunto de oito dias desde o dia 25 de dezembro nos quais a Igreja celebra o nascimento de Jesus.
Justamente, no oitavo dia, Maria e José levaram seu filho para ser apresentado no Templo. Deram-lhe o nome de Jesus, como o anjo Gabriel havia falado na Anunciação.
Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno.
Lucas 2, 21
É um dogma!
Os primeiros cristãos já costumavam chamar a Virgem Maria de “Theotokos”, que em grego significa “Mãe de Deus”. Uma antiga oração Mariana dos cristãos do Egito diz: “À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus”. Mas foi a partir do Concilio de Éfeso que essa afirmação tornou-se um dogma.
Ao celebrar o mistério da Maternidade Divina de Maria, a Igreja Católica a reconhece também como sua Mãe, pois ao longo dos tempos gera novos filhos para Deus.
Ao proclamarmos Maria como a Mãe de Deus, afirmamos que o Reino de Deus já está no meio de nós. O dogma da maternidade divina afirma que o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, entrou na história humana.
O Dogma e São João Paulo II
Em novembro de 1996, São João Paulo II explicou que “a expressão ‘Mãe de Deus’ nos dirige ao Verbo de Deus, que na Encarnação assumiu a humildade da condição humana para elevar o homem à filiação divina”.
Segundo ele, “esse título, à luz da sublime dignidade concedida à Virgem de Nazaré, proclama também a nobreza da mulher e sua altíssima vocação. De fato, Deus trata Maria como pessoa livre e responsável. Não realiza a encarnação de seu Filho a não ser depois de ter obtido seu consentimento”.